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Honda HR-V Touring ganha potência e perde porta-malas
Avaliação

Honda HR-V Touring ganha potência e perde porta-malas

Motor 1.5 turbo do HR-V Touring tem 173 cv e garante agilidade, mas bagageiro diminuiu

Hairton Ponciano Voz

31 de mai, 2019 · 6 minutos de leitura.

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Honda HR-V Touring
Com 173 cv enviados às rodas dianteiras, HR-V Touring arranca com disposição. A estabilidade também foi melhorada
Crédito:Honda/Divulgação

A grande novidade da linha 2020 do Honda HR-V é a versão Touring, que retorna com motor 1.5 turbo de 173 cv, o mesmo do Civic Touring. Graças aos 33 cv a mais em relação às demais versões (que empregam o 1.8 aspirado de até 140 cv), basta pisar que o ponteiro do enorme velocímetro sobe com disposição.

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O HR-V Touring não chega a ser um esportivo (essa nem é a proposta do carro). Porém, o modelo não desaponta – ao menos não no que diz respeito a desempenho. O problema é que, além da potência exuberante, o HR-V Touring chama atenção também pelo preço. O modelo chega às lojas na metade de junho por R$ 139.900. Isso representa R$ 28 mil a mais que a versão EXL, que até agora era a mais cara da linha.

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Além da potência superior, o motor 1.5 de injeção direta rende também 22,4 mkgf de torque a partir de 1.700 rpm. É isso que explica o ânimo do carro mesmo em baixos giros, com pouca aceleração. Como nas demais versões, o câmbio é automático continuamente variável. Ele atenua um pouco as respostas do motor, mas não o suficiente para desagradar o motorista. Há borboletas no volante, que simulam sete marchas.

O problema é que, como no Civic turbo, o HR-V Touring também funciona apenas com gasolina. A razão, de acordo com a Honda, é que os dois são modelos de baixo volume de vendas. A marca julga que esse fato não justificaria o desenvolvimento de versões flexíveis. A estimativa é a de que o HR-V turbo represente 10% da gama. Outro complicador é a origem: embora o motor seja o mesmo, o do Civic vem dos EUA, enquanto o do HR-V vem do Japão.


HR-V Touring vem bem equipado

O motor não é a única novidade. A versão mais cara da linha ganhou itens como teto solar panorâmico, faróis de LEDs (altos, baixos e de neblina), chave de presença com botão de partida e saída dupla de escape. A propósito, o novo sistema de escapamento interferiu até na capacidade do porta-malas. Para acomodar o abafador traseiro, bem maior do que o do motor 1.8, foi necessário elevar o assoalho. Isso criou um ressalto no porta-malas, que resultou em perda de 44 litros (de 437 para 393 l).

A interferência do sistema de escape é tanta que, quando visto de lado, o HR-V Touring exibe um abafador intermediário, visível abaixo da porta do passageiro. O modelo turbo é 104 kg mais pesado que o EXL (1.380 contra 1.276 kg), adicional facilmente compensado pela força superior do motor.


Por dentro, a novidade é o revestimento claro nos bancos e parte do painel, oferecida em combinação com algumas cores externas (branco, cinza e azul). Além da tonalidade mais clara, que deixa o interior mais luminoso, só a versão Touring tem bancos e laterais com costura de couro dupla.

Não há ajustes elétricos para bancos, e nenhuma assistência ao motorista, caso de sistema de manutenção em faixa e de aviso de risco de colisão, por exemplo.


Retrovisor direito incorpora câmera

Por outro lado, o modelo vem com sistema multimídia com navegador GPS, câmera traseira, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e tela de 7″. O retrovisor direito tem uma câmera incorporada. Com a seta acionada para a direita, a tela exibe a imagem. O objetivo é melhorar a visibilidade. Porém, se a tela estiver exibindo o mapa do navegador, a imagem deixa de ser mostrada momentaneamente, o que pode atrapalhar o motorista.

Para adaptar o carro ao motor mais forte (e mais pesado), a Honda informa que molas e amortecedores foram recalibrados. Além disso, a barra estabilizadora ficou 1 mm maior. Tudo com o objetivo de aumentar a estabilidade.


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