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Hyundai apresenta carro que anda de lado, gira e dispensa baliza
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Hyundai apresenta carro que anda de lado, gira e dispensa baliza

Tecnologia e-corner, criada pela divisão de mobilidade da Hyundai, permite girar as rodas em até 90 graus e poderá ser aplicada nos carros

Redação, Com Jorge Carrasco, especial para o Jornal do Carro

31 de out, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Hyundai Mobis
Conceito M.Vision 2Go traz a última geração do módulo e-corner, criado pela Hyundai Mobis e que permite girar as rodas em 90 graus
Crédito:Hyundai Mobis/Divulgação

As novas plataformas modulares para carros elétricos abriram um leque de possibilidades. E uma delas é “andar de lado”. É o que faz o sistema e-corner, apresentado pela Hyundai Mobis, divisão de tecnologias de mobilidade da marca sul-coreana. O novo módulo permite que os veículos girem as rodas no mesmo eixo, para andar de lado.

A tecnologia consiste em um módulo independente instalado dentro das rodas. Ele rotaciona cada uma delas em até 90 graus. Dessa forma, permite ao veículo deslocar-se lateralmente. E elimina a necessidade de baliza nos carros elétricos do futuro. O módulo poderá ser aplicado em grande variedade de modelos, desde compactos a SUVs maiores.

A tecnologia surgiu na CES de 2018, maior feira de tecnologia do mundo, em Las Vegas (EUA). Contudo, desde então, recebeu aprimoramentos para aplicação nos automóveis. O desenvolvimento incluiu a criação de uma unidade de controle eletrônico (ECU) para os módulos e-Corner, bem como a realização de testes.

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Hyundai Mobis
Hyundai Mobis/Divulgação

Gira até 90 graus

Enquanto as versões iniciais conseguiam uma rotação de 30 graus, o módulo e-Corner agora gira até 90 graus. Isso não só permite que os carros antem de lado, como também possibilita que girem em torno do próprio eixo.

Os próximos passos incluem um estudo de viabilidade para a produção em massa. Se tudo correr bem, a Hyundai pretende desenvolver uma plataforma com quatro módulos e-corner até 2023. E integrar a tecnologia aos sistemas de direção autônoma até 2025.




Outra característica interessante é que o módulo e-corner da Hyundai não exige conexão mecânica entre as peças. Dessa forma, poderá ser aplicado facilmente. E sem limitações de projeto, já que a modularidade dessas novas arquiteturas também possibilita maior flexibilidade para modificar a plataforma. Ou mesmo alterar o design dos carros.

Veja abaixo como funciona o módulo e-corner no conceito M.Vision 2Go:


Modo caranguejo

Alguns carros das marcas BMW e Porsche, por exemplo, já são capazes de esterçar levemente as rodas traseiras em curvas. Entretanto, este é um recurso ainda raro e presente em modelos mais caros. Além disso, o ângulo de giro é pequeno, basicamente para ajudar a reduzir o diâmetro de giro em manobras e também nas curvas mais fechadas em alta.

Porém, trata-se de um recurso que terá novas aplicações em breve. Nos Estados Unidos, por exemplo, a nova picape elétrica Hummer anda até de lado em baixas velocidades. O modo é denominado CrabWalk (andar de caranguejo, em português). Em resumo, é capaz de alinhar as rodas dianteiras e traseiras no mesmo ângulo, para ajudar no off-road.

Essa tecnologia é uma das novidades do modelo, que resgata a marca Hummer. Ele inaugura uma nova plataforma modular para carros 100% elétricos. Assim, tem autonomia de 560 km. E potência quer chega a impressionantes 1.000 cv, com insanos 1.590 mkgf de torque. O 0 a 100 km/ é feito em 3 segundos, números de superesportivo.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.