O emplacamento de veículos importados das 22 marcas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) teve alta de 2,6% ante o mês de maio deste ano. No comparativo entre as vendas do primeiro semestre de 2010 e do ano passado, o aumento é de 175,3%, com 41.800 comercializações este ano contra 15.182 no mesmo período.
”Registramos, só n0 primeiro semestre, quase o total de vendas de 2009, que teve 47.294 comercializações ao longo do ano”, afirmou José Luiz Gandini, presidente da entidade. “Mantemos a projeção de 80 mil unidades comercializadas até o final de 2010. Ela pode até ser superada, mas há dificuldades na importação, o que atrapalha as vendas. Poderá haver impactos já no mês de julho.”
Segundo Gandini, as encomendas são feitas com quatro meses de antecedência, devido à demora da chegada dos veículos, que vêm em navios. “É normal que se escute falar de consumidores que esperam um veículo numa determinada configuração durante seis meses”, diz ele, que reclama também da demora na homologação de veículos novos. “O processo para permissão de comercialização de um carro aqui não leva menos de quatro a seis meses.”
De acordo com o vice-presidente da entidade, o diretor de vendas da Audi Paulo Sérgio Kakinoff, além da estabilidade do dólar e do aumento de ofertas entre as marcas da Abeiva, o crescimento das vendas é reflexo do aumento de poder aquisitivo em todas as faixas. “Inclusive entre os consumidores de A e B, que comprar produtos com maior valor agregado, como alguns dos oferecidos pelas empresas.”
No mês de junho, as empresas filiadas à Abeiva tiveram participação de 3,1% no mercado e durante a coletiva foram anunciados os retornos de Ferrari e Maserati, além do ingresso da Lamborghini e da Bentley. Assim, a empresa passa a congregar 26 marcas.