A Infiniti, divisão de luxo da Nissan, decidiu encerrar as atividades na Europa Ocidental. O alto custo necessário para adequar a linha da marca às limitações de emissões de poluentes mais restritivas, combinado com a baixa procura pelos carros da marca motivou a decisão. A Infiniti vai interromper a produção dos Q30 e QX30 na Inglaterra e a venda do sedã Q50 em todo o continente a partir do início de 2020.
A marca vai direcionar seus esforços para a América do Norte e China. Também deve manter operações de menor escala em países como a Rússia e o Leste Europeu. Oriente Médio e Ásia também continuarão recebendo os Infiniti.
Continua depois do anúncioA Inglaterra foi o primeiro país a receber os modelos da marca ainda em 2008, mas as vendas nunca decolaram. Desde então, foram vendidos apenas 60 mil unidades no continente, sendo 10 mil na Inglaterra.
De acordo com a Infiniti, a marca não tem recursos para se adequar à média máxima de emissões de 95g/km de CO2 que entra em vigor na Europa em 2020. A divisão teria que investir na eletrificação de seus carros e, embora a Nissan tenha a tecnologia, ela não é adequada aos modelos de maior porte da Infiniti.
Os Q30 e QX30 são baseados na antiga geração do Mercedes-Benz Classe A e usam motores diesel da alemã. Como o hatch alemão também acaba de ganhar uma nova geração, em breve o futuro dos dois modelos poderia entrar em xeque caso a marca continuasse operando.
Cerca de 250 funcionários trabalham na produção dos Infitini na fábrica da Nissan em Sunderland. A empresa espera conseguir redistribuir os trabalhadores para outras funções na Europa.
Já as concessionárias continuarão abertas durante o período de fechamento da marca. Enquanto isso, a Infiniti irá criar um plano para continuar com a manutenção dos carros, garantia e possíveis recalls.
No Brasil
Por aqui, a Infiniti ensaiou uma chegada em 2015, que já vinha sendo desenhada desde 2013. No entanto, os planos da Nissan mudaram e a data foi sendo postergada. Uma unidade do sedã Q50 chegou a ser flagrada circulando em São Paulo diversas vezes, mas a vinda nunca se concretizou. O próprio Q30, que agora sai de linha na Europa, também seria vendido no País.