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Já andamos no novo VW Polo, que chega em setembro
Avaliação

Já andamos no novo VW Polo, que chega em setembro

Hatch compacto estreia em setembro com três opções de motores, para brigar com Argo, HB20, Fiesta e até Fit

Thiago Lasco

04 de ago, 2017 · 5 minutos de leitura.

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Crédito: Volkswagen
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Não são poucas as expectativas que a Volkswagen deposita sobre a próxima geração do Polo, que chega às lojas em setembro, logo após o lançamento mundial. O hatch dá início a um novo capítulo em sua história, que inclui o reposicionamento da marca no País e a renovação de seu portfólio nos próximos anos.

Mais que isso, o novato é a arma da VW para marcar posição em um segmento em que seus produtos atuais, sobretudo o Fox, já não fazem mais barulho. Com uma ampla gama de motores e versões, o Polo terá vários alvos a atingir.

Com o motor 1.0 TSI de três cilindros e até 128 cv que já equipa o Golf de entrada, ele vai brigar com Ford Fiesta e Honda Fit. Abaixo dele, duas opções de propulsores aspirados o credenciam a disputar espaço com Fiat Argo, Hyundai HB20 e Chevrolet Onix.

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Construído sobre a plataforma modular MQB encurtada, o Polo incorpora recursos como controles de estabilidade e tração, freios a disco nas quatro rodas, detector de fadiga do condutor e sistema de frenagem pós-colisão, que detém o veículo para evitar múltiplas colisões.

O modelo é praticamente idêntico ao que será vendido na Europa. Entre as particularidades da versão brasileira, estão a altura em relação ao solo, 20 mm maior, e as saídas de ventilação na parte posterior do console central, dirigidas aos ocupantes do banco traseiro.

Tivemos acesso a uma unidade pré-série da configuração intermediária Comfortline, equipada com o motor 1.0 turbo. A primeira sensação que se tem da cabine é a de um “mini-Golf”, com banco que veste bem o motorista, peças bem encaixadas e espaço interno.


Os instrumentos analógicos, com um mostrador digital ao centro, são os mesmos de Golf e Fox – o painel digital aparece apenas na versão de topo, como opcional. Mas o painel tem linhas bem mais modernas e enxutas. Na central multimídia, é possível configurar funções como o controle de tração, que pode ser desabilitado.

O acabamento da unidade pré-série avaliada parece pobre para um modelo com ambição de “premium”. O revestimento dos bancos não encanta e os painéis de porta são inteiros de plástico, com uma pequena aplicação de tecido apenas sobre os nichos que servem como apoio de braço. Mas a VW declarou que o interior poderá mudar no modelo definitivo.

Atrás, dois adultos vão bem, mas a linha descendente do teto limita o conforto para quem tem mais de 1,80 metro de altura. Um quinto ocupante tem o espaço para as pernas limitado pelo duto central, que é menos saliente que no modelo europeu. O porta-malas comporta 300 litros.


Em movimento, os 128 cv deslocam o peso do carro com desenvoltura, auxiliados pelas trocas rápidas e suaves da transmissão Tiptronic de seis velocidades. O torque de 20,4 mkgf surge a apenas 1.500 rpm, mesma faixa de rotação do motor 1.0 TSI de até 105 cv do Up! – mas as respostas não chegam a ser divertidas como as do subcompacto.

Foi notável o esforço dos engenheiros da VW em buscar um acerto mais confortável para a suspensão do Polo, após ouvir queixas de vários consumidores da marca. O resultado é um carro bom de curvas, mas sem a dureza típica de modelos anteriores.

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