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JAC T50 é evolução do T5 e mantém apelo do custo-benefício
Avaliação

JAC T50 é evolução do T5 e mantém apelo do custo-benefício

Com tabela a partir de R$ 83.990 e motor 1.6 de 138 cv, JAC T50 ganhou atualizações no visual e no painel e, como opcional, câmera de 360 graus

Thiago Lasco

18 de dez, 2018 · 6 minutos de leitura.

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T5
JAC T50
Crédito:Crédito: JAC/Divulgação

Às vezes, um zero a mais pode fazer toda a diferença. É o que se vê com o utilitário JAC T50, evolução do antigo T5, que a chinesa vende a partir de R$ 83.990. Ele é equipado com um motor 1.6 aspirado de 138 cv e câmbio automático tipo CVT, que simula seis marchas. É o mesmo conjunto usado pelo “irmão menor” T40.

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O utilitário teve algumas melhorias muito bem-vindas. A dianteira foi reestilizada. O painel ganhou um desenho mais horizontal e enxuto, com os comandos agrupados em ilhas e uma tela central suspensa de 8 polegadas, sensível ao toque, que exibe informações da central multimídia (com recurso de espelhamento de smartphones) e do ar-condicionado.

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Mais importante ainda foi a adoção de câmeras de ré com imagens em 360 graus. Elas ajudam a compensar uma das grandes deficiências do modelo, que é a falta de visibilidade, provocada pelas largas colunas C e pelo estreito vigia traseiro. O recurso – oferecido em um pacote que eleva o preço final para R$ 87.990 – torna muito mais fácil a tarefa de estacionar o T50.

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A cabine recebe bem cinco pessoas. Os bancos dianteiros têm ótimo apoio lateral (e não cansam o motorista em viagens longas). Atrás, o conforto é ampliado pela boa inclinação do encosto do banco traseiro. O console central tira um pouco do espaço para as pernas de quem viaja no centro do banco, mas ao menos oferece uma porta USB extra. O porta-malas tem acesso fácil e leva 600 litros, de acordo com a marca.

Câmbio é pedra no sapato do JAC T50

A principal fraqueza do modelo é a caixa tipo CVT. Voltada para a eficiência, a transmissão libera força de forma excessivamente paulatina. O resultado é que o T50 se desloca com uma morosidade bovina, mesmo em situações cotidianas. E custa a responder aos comandos do acelerador, seja em uma saída em aclive acentuado, seja em uma ultrapassagem na estrada.


Em rodovias, aliás, ao cravar o pé com firmeza no pedal da direita, o motorista verá a rotação do motor saltar até 5 mil rpm, sem o acréscimo de velocidade esperado. A 120 km/h constantes, o propulsor trabalha a 3 mil giros – diferentemente do que ocorre em outros CVTs do mercado, que conseguem estabilizar a rotação em uma espécie de overdrive – mas o ruído não invade a cabine.

Apesar dessas ressalvas, o T50 pode ser uma opção interessante do ponto de vista racional. Quem prefere conforto a desempenho encontrará no chinês um pacote generoso de equipamentos. Há chave presencial, ar-condicionado automático, controles de estabilidade e tração, sistema start-stop e assistente de partida em rampas. Falta apenas o ajuste de profundidade do volante. São conteúdos que rivais como Kicks e HR-V não oferecem em versões nessa faixa de preço.

Ficha técnica: JAC T50

Preço sugerido: R$ 87.990
Motor: 1.6, 4 cil, 16V, gasolina
Potência: 138 cv a 6.000 rpm
Torque: 17,13 mkgf a 4.000 rpm
Câmbio: automático, tipo CVT
Comprimento: 4,34 metros
Porta-malas: 600 litros
Peso: 1.220 kg


Prós e contras

Prós: custo-benefício. T50 é bem recheado. Opcionais como a câmera 360 graus só são oferecidos em SUVs bem mais caros.

Contras: transmissão. Câmbio tipo CVT deixa as respostas do motor 1.6 muito lentas, prejudicando acelerações e retomadas.

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Jornal do Carro
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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

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Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.