Você está lendo...
Jipão vira modelo feminino
Notícias

Jipão vira modelo feminino

Versatilidade, conforto e sensação de segurança atraem as mulheres aos utilitários-esportivos

25 de mar, 2015 · 6 minutos de leitura.

Publicidade

 Jipão vira modelo feminino
Fabíola preza a sensação de segurança e o espaço para as filhas Helena (à esquerda) e Manuela

Os jipões estão deixando de ser coisa homem. Cada vez mais, vêm caindo no gosto das mulheres por causa de aspectos como espaço interno, praticidade e a posição elevada de guiar.

Este é um dos principais motivos que as atraem, segundo o consultor da ADK Automotive, Paulo Garbossa. “Nos anos 90, esses veículos eram ‘rudes’, difíceis de guiar. Depois, ganharam características de segmentos como o de peruas, com seus assentos dobráveis e porta-malas espaçosos, e o de minivans, cheias de porta-objetos. Agora, ficaram confortáveis e fáceis de manobrar”, afirma.

Publicidade


A empatia delas pelos utilitários é tamanha que os segmentos de peruas e minivans praticamente deixaram de existir no Brasil.

A empresária da moda Fabíola Mestrich é uma das que se renderam aos jipões. Ex-dona de hatches e sedãs, ela comprou o primeiro utilitário há seis anos, quando a primeira filha, Manuela, nasceu. E não abre mais mão deles - já está no terceiro, um BMW X5.

Seu marido Luciano, em contrapartida, não quer saber de utilitários. Prefere carros baixos, de apelo esportivo.


O jipão de Fabíola também passou a ser usado para transportar os produtos que ela vende no Projeto Brechó Chique, sua página na internet. “Não conseguiria ter um sedã de novo”, diz ela. “Minha família cresceu, há muita bagagem em viagens e sempre três pessoas atrás (Manuela, a caçula Helena e a babá)”, diz. “Além disso, meu carro me dá sensação de segurança no trânsito.”

‘MIL E UMA UTILIDADES’

A lista de fãs de jipes é ampla. A versatilidade também atrai solteiras e casadas sem filhos.


Marina precisa levar objetos de decoração no bagageiro (Foto: Arquivo Pessoal)

Do primeiro grupo faz parte a decoradora de festas Marina Oliveira. Ela desbrava as estradas de São Paulo ao volante de um Hyundai Tucson, cujo porta-malas está sempre lotado de flores e outros enfeites. “Viajo todo fim de semana para organizar festas e preciso de espaço no porta-malas”, diz.


A necessidade de transportar coisas da capital para a casa de praia, para onde vai quase todos os fins de semana com o marido, Orlando, levou a advogada Mariana Veloci a adquirir um Hyundai Vera Cruz. “Sempre gostei de carros grandes. Até teria um menor, para a cidade, desde que houvesse também na garagem um utilitário, para a hora de viajar”, diz ela.

Mariana diz que manobrar seu Vera Cruz não é difícil. Ela gosta de viajar à praia com o Hyundai


PÚBLICO VARIADO

Por abrangerem características de diversos segmentos, os utilitários-esportivos atraem um público bastante variado.

No caso do compacto EcoSport, 50% dos clientes são mulheres, segundo informações da Ford. Além disso, a maioria dos proprietários usa o modelo na cidade, mas quer um veículo que traga um certo espírito de aventura.


Para o médio CR-V, as vendas para homens e mulheres são semelhantes e, de acordo com dados da Honda, devem se repetir no HR-V.

A ideia é atrair clientes de várias idades com o novo utilitário que, ainda segundo a empresa, reúne características do sedã Civic e do hatch Fit, além do CR-V. O público-alvo é majoritariamente urbano.


Deixe sua opinião