
No nono mês do ano passado, quando chegou às concessionárias, o Soul valia R$ 88.900 – R $ 21 mil a mais que o modelo anterior. A versão de topo, na ocasião, passou de R$ 69.900 para nada menos que R$ 92,9 mil. Para justificar a diferença média de 32% nos novos preços, a marca informou que, além da revitalização de estilo, o Soul ganhou ar-condicionado digital, ajustes de altura para o banco do motorista, ignição por botão, som com controles no volante, tocador de arquivos MP3 e tela de 4,3 polegadas, além de rodas de liga leve aro 18.
Esses equipamentos, segundo a fabricante, colocariam o veículo à altura Audi A1 e Mercedes Classe A, por exemplo. O monovolume médio é equipado com motor 1.6 flexível de até 128 cv e torque máximo de 16,5 mkgf. O câmbio é automático de seis velocidade.
Para se ter uma ideia, apenas 29 unidades do Soul foram emplacadas em abril deste ano. São 132 emplacamentos do acumulado do ano, de acordo com a associação de empresas importadoras e fabricantes de veículos automotores, a Abeifa. O que mostra que a política de preços da Kia não deu mesmo certo com o Soul.
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Renault Symbol
Feito sob a plataforma do Clio, foi posicionado entre o Logan e o Mégane. Lançado em 2009, era equipado com motor 1.6 flexível de até 115 cv. Feio por feio, era melhor comprar o Logan, bem mais barato e mais espaçoso.
Mahindra MOV
Não foi só o utilitário da Mahindra que se deu mal no Brasil. A maior fabricante da Índia resolveu parar as vendas no País pela baixa procura do público local.
Chevrolet Chevette Junior
Lançado em 1992, saiu de linha um ano depois. Era equipado com um motor 1.0 de 50 cv, fraquíssimo, e tinha tração traseira, como todo Chevette. Combinação perfeita para o fracasso.
Fiat Linea 1.9
A pouca experiência da marca italiana em vender modelos médios fez do sedã, que estreou em 2008, mais um mico. O motor 1.9, fabricado na Argentina, era ruidoso e vibrante. Foi substituído em 2010 pelo 1.8 E.torQ. Mas foi tempo suficiente para decretar a derrota do Linea. Tinha preço de médios como Honda Civic e Toyota Corolla, mas sempre foi um compacto.
Peugeot Hoggar
Lançado em 2010, o projeto era voltado para o Brasil, mas nunca foi um sucesso de vendas. Apesar de ter preço competitivo, a picape nunca chegou perto de Volkswagen Saveiro ou Fiat Strada. A falta de experiência da marca francesa no segmento pode ter sido uma explicação para sua derrocata. Saiu de linha em 2013.
Tac Stark
O jipe nacional começou a ser produzido em Joinville (SC) em 2009. Na ocasião, o modelo era equipado com motor 2.3 a diesel, da FPT, com 127 cavalos e 30,6 kgfm de torque. Tinha apenas uma versão de acabamento, custava quase R$ 100 mil, e era vendido em lojas multimarcas do País.
Ford Versailles Royale
Substituto do Del Rey, a perua chegou ao mercado em 1992 e saiu de linha em 1996. Sua maior falha era ser uma station wagon de apenas duas portas, além do preço bastante alto para o acabamento simples. Chegou a ganhar uma reestilização e uma versão quatro portas, mas o fracasso já batia à porta.
Volkswagen Apollo
O modelo era o "Ford Verona" da marca alemã, símbolo da aliança Autolatina (que unia Ford e Volkswagen). O sedã de duas portas tinha motor 1.8 e era caro para a sua época. Estreou em 1990 e saiu de linha em 1992.
Cross Lander
Montado em Manaus em 2002, o jipe da fabricante romena Auto Romania (ARO) foi um fracasso nas vendas pela falta de rede de vendas e manutenção. Saiu de linha em 2006, após ter 200 unidades emplacadas. Lembrava um Land Rover Defender e tinha tração 4X4. O motor era um 2.8 turbodiesel.
Troller Pantanal
A picape com carroceria de fibra de vidro foi lançada pela marca em 2006, equipada com motor 2.8 turbodiesel de 163 cv e torque máximo de 38,8 mkgf, e tração 4x4. Quando a Ford comprou a Troller, em 2008, anunciou um recall inesperado. Afirmou que as unidades possuíam uma trinca na estrutura, o que poderia separar a cabine da caçamba. As picapes já vendidas foram recompradas pela Ford.