A fixação em colocar superesportivos fora do seu habitat é algo que não sai da cabeça dos amantes de carros. Deve ser por isso que a Lamborghini mostrou o conceito Huracan Sterrato.
Baseado no Huracan Evo, o Sterrato (ou sujeira, em Italiano), traz um pouco do DNA do SUV Urus para o superesportivo. A altura em relação ao solo foi aumentada em 47 mm e o ângulo de ataque foi melhorado em 1%, enquanto o ângulo de saída aumentou em 6,5%.
A Lamborghini também aumentou a bitola do carro em 30 mm e colocou rodas de 20 polegadas equipadas com pneus desenvolvidos especialmente para o modelo. Os pneus tem paredes mais altas para melhor absorção de impactos e melhor aderência.
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Além disso, a Lamborghini adotou para-lamas alargados, para fazer jus a bitola mais larga, protetores sob a parte inferior do carro, além de saias laterais, reforçadas, de alumínio. A marca italiana pensou também nas proteções contra pedras para as entradas de ar e o motor.
Se anoitecer, sem problemas, a Lamborghini instalou também uma faixa de LEDs no teto e também no para-choque dianteiro. Por dentro, tapetes de alumínio, bancos esportivos de fibra de carbono, cintos de segurança de quatro pontas e santantônio de titânio.
Motorização do Huracan Sterrato
Sob o capô, é mantido o motor V10 de 5,2 litros que rende 640 cv. A tração é a integral com esterçamento das quatro rodas, vetorização de torque e suspensão modificada. Tudo controlado pela LDVI (Lamborghini Dinamica Veicolo Integrata), que foi calibrada especialmente para o uso no fora de estrada e melhorar a tração e aceleração no eixo traseiro.
Segundo o Chefe da Área Técnica (CTO) da Lamborghini, Maurizio Reggiani, “O Huracan Sterrato mostra o comprometimento da Lamborghini em ser uma marca que vai ditar tendências: Um carro superesportivo com capacidades off-road, o Sterrato demonstra a versatilidade do Huracan e abre as portas para outra referência de desempenho e emoção ao dirigir”, declarou Reggiani.
Superesportivo off-road não é novidade
Em 1973 e 1974 a Lamborghini já fez experiências nessa área. O piloto de testes Bob Wallace modificiou um Lamborghini Jarama e um Uracco, para uso no deserto, “combinando a alta performance da Lamborghini a capacidades off-road”.
Além disso, a Porsche também apostou nessa mistura – mas foi além. Em 1984 a marca foi ao Rali Paris-Dakar com várias unidades do 911 Carrera 4×4, que nada mais eram do que mulas de desenvolvimento de um sistema de tração 4×4. Terminaram em 1º, 2º e 26º, respectivamente.
No ano seguinte, a marca apostou no 959 – primeiro superesportivo da companhia. Os três carros acabaram saindo do rali por problemas. Em 1986, melhor sorte, terminando a prova em 1º, 2º e 5º com o 959.
