LUÍS FELIPE FIGUEIREDO
O segmento de sedãs médios no Brasil terá mais um integrante na próxima semana, quando começam as vendas do Mitsubishi Lancer. A versão de entrada do três-volumes japonês tem preço inicial de R$ 67.990, tração dianteira e câmbio manual ou CVT. Na opção GT, que avaliamos, o carro é mais equipado, tabelado a R$ 85.990 e oferecido apenas com a caixa de relações continuamente variáveis.
Essa é a volta ao mercado nacional da configuração “mansa” do Lancer, após quase 15 anos fora (em 2010 chegou o esportivo Evolution X, de 295 cv). O sedã vai ser produzido aqui a partir de 2013, em Catalão (GO), junto com o crossover ASX, que é feito sobre a mesma plataforma. O projeto inclui a fabricação local do motor quatro-cilindros 2.0 que os equipa.
A gasolina e com 160 cv, o propulsor do Lancer é mais potente que os de todos os rivais – só o Toyota Corolla 2.0 se aproxima, com até 153 cv. Chevrolet Cruze tem 144 cv e Honda Civic, 140 cv.
O Lancer é o terceiro sedã a oferecer câmbio CVT no Brasil – os outros são Nissan Sentra e Renault Fluence. A transmissão, de seis marchas virtuais, que podem ser trocadas por aletas na coluna de direção, casa bem com o motor.
Seu desempenho está na média dos rivais. Conforme a Mitsubishi, ele acelera de 0 a 100 km/h em 10,7 segundos e atinge velocidade máxima de 198 km/h.
É seu acerto de suspensão que agrada mais. Independente nas quatro rodas (além dele, só o Civic e o Focus Sedan são assim), absorve com competência as imperfeições do piso. E contém a inclinação da carroceria em curvas. A direção é precisa, ajudada por pneus 215/45 R18.
No interior, apesar do excesso de plástico, não há rebarbas. Os retrovisores externos são grandes e garantem ótima visibilidade. A versão GT é equipada com bancos de couro, sistema de som com tela sensível ao toque e que inclui navegador via satélite, nove air bags e freios ABS. Por R$ 4 mil pode receber faróis bixenônio e retrovisor eletrocrômico, entre outros itens.