
Depois de apresentar o crossover NX em outubro no Salão do Automóvel de São Paulo, a Lexus inicia neste mês a venda do modelo no Brasil. Ele será oferecido na configuração NX 200t em duas versões, a básica, tabelada a R$ 216.300, e a F-Sport, mais equipada, vendida a R$ 236.900. Ambas usam o mesmo trem de força, composto por um 2.0 turbo de 238 cv e câmbio automático de seis marchas, que distribui a força para as quatro rodas. O modelo também tem uma versão híbrida, a NX 300h, que por enquanto não será oferecida no Brasil.
Ele terá a missão de ser carro-chefe da marca no Brasil, com expectativa de vendas de até 60 unidades mensais, mais da metade de todas as vendas da montadora no País. O NX é um crossover médio, com 4,63 metros de comprimento e 2,66 m de entre-eixos, medidas que abrem bom espaço interno para uma cabine confortável e ampla.
A lista de equipamentos de série é extensa, com ar-condicionado de duas zonas e sistema de entretenimento com tela de sete polegadas. A interface não é sensível ao toque, mas operada por botões e um pequeno “touchpad”, como um mouse
de notebook, localizado no console central. A versão de topo F-Sport adiciona itens como head-up display e teto solar panorâmico, além de um sistema de suspensão eletronicamente regulável, que fica mais macio ou firme de acordo com o modo de condução adotado.
Visualmente, as duas versões também são ligeiramente diferentes. Na mais esportiva, a enorme grade dianteira é do tipo colmeia e há discretos apliques cromados, além de rodas com visual diferente.
O desenho, aliás, é um dos maiores atributos do NX. O abuso das linhas e vincos pronunciados dão personalidade marcante ao modelo e o fazem parecer menor do que é. Todas as luzes são de LEDs, mesmo nos faróis de neblina e indicadores de direção, o que também contribui para um bom impacto visual. O novo modelo da Lexus chega ao mercado brasileiro para concorrer, principalmente, com o Land Rover Range Rover Evoque.
Primeiras impressões
Em movimento, o NX mostrou bom comportamento dinâmico no breve test-drive oferecido pela marca. O 2.0 tem bastante força em rotações medianas e acelera com vigor o crossover, que pesa mais de 1.700 kg. O torque máximo aparece em baixas 1.650 rotações, mas se mostra particularmente presente na casa dos 3 mil giros, onde é fácil fazer as rodas destracionarem e o controle de estabilidade entrar em ação. Os pneus altos “cantam” com facilidade em curvas, mas o modelo não passa insegurança, mesmo nas mais fechadas.
O câmbio automático de seis marchas tem respostas eficientes e acompanha o bom funcionamento do propulsor, com trocas extremamente suaves, porém rápidas. No entanto, é fácil perceber a veia mais luxuosa e requintada do que propriamente esportiva do modelo. A posição de dirigir é bastante confortável, com ajustes elétricos dos bancos e volante. Já a direção é leve e o isolamento acústico muito bom. Pouco se ouve o motor em funcionamento ou ruídos do rolamento e da rua.
A cabine é espaçosa, ainda que passageiros com mais de 1,80 metro tenham espaço limitado para a cabeça. O lugar para pernas é bom, graças também ao assoalho traseiro praticamente plano, que facilita bastante a vida de um eventual quinto passageiro. Além disso, a central multimídia tem uso descomplicado, mesmo não tendo tela sensível ao toque. O pequeno touchpad corresponde bem e o sistema é simples e rápido de operar.