A Renault atualizou completamente o visual do Logan para ganhar fôlego em um dos segmentos mais disputados do Brasil. Decidimos testar as novas virtudes da versão 1.0 Authentique do sedã paranaense, que parte de R$ 28.990, diante do mineiro Siena EL 1.0, com tabela inicial de R$ 31 mil, e do paulista Volkswagen Voyage 1.0 (a partir de R$ 34.890), respectivamente o líder e segundo no ranking de vendas. O resultado é que o Voyage atropelou os rivais, e o Fiat virou lanterninha.
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O Logan manteve os atributos da geração anterior. Além de ser o mais em conta desse trio, o Renault tem ótimos porta-malas e espaço interno (confira nas fichas abaixo, à direita).
Mas seu grande trunfo acaba se transformando em demérito. Por ser o mais amplo, ele também é o mais pesado. Único com motor de 16 válvulas, que funciona melhor em altas rotações, o Renault é o segundo mais lento na aceleração de 0 a 100 km/h (14,2 segundos). O Voyage leva um segundo a menos para cumprir a mesma tarefa e o Siena parece se arrastar – ir de 0 a 100 km/h com ele requer longos 16,1 segundos.
Em termos de autonomia, o Renault deixa a desejar. De acordo com dados da fabricante, com 100% de gasolina no tanque dá para rodar 13,4 km, ante 14,1 do concorrente da VW.
Do Siena, os principais destaques são o porta-malas e a facilidade na hora da revenda. Mas o Fiat sofre com a idade, tem o seguro mais salgado e seu desempenho está longe de empolgar. Sua evolução, o Grand Siena, é a opção mais interessante – e cara – da linha.
Criticado no passado por ter ajuste muito mole da suspensão, o Fiat agora está mais firme, especialmente em curvas.
A vitória foi apertada, é verdade, mas o Voyage faturou este comparativo por apresentar melhor conjunto quando comparado aos rivais. Sua boa dirigibilidade, semelhante à dos “irmãos” Gol e do Fox, faz dele o mais estável do trio.
O maior “pecado” do VW é seu preço de tabela.
Logan pelo espaço ou Voyage pela direção?
Ao colocar na balança apenas as premissas de espaço e preço, o Logan é melhor que Siena e Voyage. Mas há outros quesitos que pesam na hora de escolher o novo carro, como ergonomia e dirigibilidade. E, nesses aspectos, o Renault fica aquém dos concorrentes. O problema é que o prazer durante a condução tem seu preço, como o cobrado pelo VW.
O Fiat equilibra melhor essas variáveis. Entretanto, está longe de entregar 100% de satisfação em qualquer uma delas. Não tem segredo. Quem quer espaço, vai melhor de Logan. Quem prefere dirigibilidade, ficará mais feliz a bordo do Voyage.