Macan, um utilitário quase esportivo

Novo jipinho é muito mais Porsche que seu irmão, o Cayenne. Veja como anda a novidade que chega em maio

Por 23 de fev, 2014 · 6m de leitura.
Avaliamos a versão topo de linha do carro, Turbo. Preço não foi definido

Leipzig, Alemanha – O Macan chega ao Brasil em maio respaldado pelo sucesso do Cayenne, utilitário responsável por livrar a Porsche da bancarrota há pouco mais de uma década. São duas versões, ambas com câmbio automatizado de sete marchas e motor V6 biturbo a gasolina. O 3.0 da S, de entrada na linha, tem 340 cv e 0 3.6 da Turbo, de topo, 400 cv.

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O preço dependerá da cotação da moeda e opcionais oferecidos no País. Segundo informações da Porsche, a novidade será mais cara que a opção de entrada do Cayenne, que parte de R$ 350 mil, e deverá conquistar cerca de 10% dos atuais compradores do modelo maior. A fabricante também espera conquistar, com o novo jipe, clientes de Audi Q5 e Volkswagen Touareg.


Macan e Cayenne são como irmãos. As linhas da dianteira da carroceria, incluindo os faróis, são muito parecidas entre ambos, mas em termos de respostas as personalidades são bem distintas. O novo modelo lembra mais um esportivo da Porsche que o veterano.

Os “ombros” dos para-lamas e a linha da carroceria remetem ao 911 (e colaboram para o ótimo coeficiente aerodinâmico, de 0,37 Cx). Não há “músculos” exagerados, como no Cayenne.

O resultado é um carro bonito, versátil para famílias e com dinâmica surpreendente para um utilitário. São bons 500 litros no porta-malas e 2,8 metros de distância entre os eixos.


O espaço atrás, porém, é ideal para duas pessoas. Um eventual terceiro ocupante do banco traseiro ficará mal acomodado por causa do túnel central elevado – todas as versões têm tração nas quatro rodas.

E por falar em itens de série, a configuração Turbo, como a avaliada, tem sistema que ajuda a evitar que o carro saia da faixa de rolamento, central multimídia com navegador GPS, sensor de auxílio a manobras e câmera na traseira, além de rodas de liga de 19 polegadas.


Essa configuração faz jus ao significado do termo Macan (tigre, na Indonésia). Além de feroz, ela é muito ágil.

A distribuição de peso é de 54% na dianteira e 46% na traseira. Essa boa proporção, associada à tração integral e aos controles eletrônicos, evita que a carroceria role em excesso e mantém o utilitário-esportivo sob controle mesmo em curvas muito fechadas. Mérito também da suspensão, feita de alumínio.


Com três modos de condução – Normal, Sport e Sport Plus -, é fácil fazer o humor do Macan variar entre a tranquilidade necessária na hora de buscar as crianças na escola e a esportividade desejável em estradas sinuosas. Na opção “agressiva”, a direção fica mais direta e a suspensão, mais firme.

Há ainda um aumento da “sensibilidade” dos pedais aos comandos do motorista e as trocas de marcha ocorrem de modo a entregar o melhor regime de torque. É fácil acelerar de zero a 100 km/h em 4,8 segundos, conforme os dados da Porsche.

Haverá versão com motor 2.0 turbo de quatro cilindros, como o utilizado nos VW Jetta e Fusca, cuja potência é de 211 cv. A estreia deve ocorrer em 2015.


VIAGEM FEITA A CONVITE DA PORSCHE