Um material relativamente simples, presente, por exemplo, nos lápis, mas que em forma mais refinada pode estar prestes a mudar o mundo. Estamos falando do grafeno, um tipo de carbono que pode ser utilizado de maneira revolucionária em baterias e começa a chamar a atenção das montadoras por causa dos carros elétricos.
Segundo informações da Samsung, que já realizou testes avançados com o material, as baterias de grafeno são 45% mais poderosas e recarregam cinco vezes mais rápido que as de íons de lítio equivalentes. Esses números apontam para carros elétricos com autonomia igual à de modelos com motor a combustão. Esse é um dos maiores desafios para garantir a popularização de veículos movidos a eletricidade.
As atuais baterias de íons de lítio (iguais às de celulares) estão no limite de suas possibilidades. Por isso, há muito tempo não há avanços nessa área.
Continua depois do anúncioPara ampliar a autonomia, os modelos elétricos teriam de receber mais baterias. Além de aumentar o peso do veículo e o consumo, isso provocaria maiores níveis de calor e tempo de recarga. Ou seja, com as pilhas de íons de lítio essa é uma conta que não fecha.
Características das baterias elétricas de grafeno
O grafeno tem alta elasticidade condutiva e pode, segundo os cientistas, explodir (de forma figurada) igual a um milho de pipoca ao ser estimulado, gerando mais energia.
Outra vantagem é que o grafeno permanece totalmente estabilizado em temperaturas externas de até 60 graus positivos ou negativos. Ou seja: poderia ser utilizado por veículos em qualquer lugar do mundo, seja em desertos ou no Polo Norte.
Além disso, por ser um carbono, o grafeno é extremamente resistente. Isso faz com que sua utilização em automóveis seja muito segura – em caso de colisão, por exemplo, há baixo risco de quebra e vazamento de material contaminante. A indústria de telefonia prevê que o grafeno será usado até na carcaça de smartphones.