Ele foi fabricado para ser o símbolo de uma nova fase. O Maserati Ghibli chegou ao mercado cheio de responsabilidade. Vendido no Brasil nas versões S, com tabela de R$ 590 mil e motor V6 biturbo de 330 cv, e S Q4, de topo, a R$ 690 mil, o novo modelo de entrada da fabricante italiana tem a missão de ser o carro-chefe da marca no plano de triplicar as vendas até 2015, para 50 mil veículos – ante os 15.400 emplacamentos de 2013. O sedã com ares de cupê deverá representar 70% desse total.
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Ser o Maserati de entrada não depõe contra o Ghibli. O modelo traz todos os bons predicados da marca, a começar pelo visual que reúne linhas modernas e traços clássicos. Neste quesito, o carro de quatro portas com coluna “C” de cupê leva vantagem sobre concorrentes como o Mercedes Mercedes-Benz CLS e o BMW Série 6 Gran Coupé.
O Ghibli é grande. Tem quase 5 metros de comprimento, 2,99 metros de entre-eixos e pesa 1.810 quilos. Mas, ao se apertar o botão de partida – que fica do lado esquerdo do volante, solução inspirada nos carros de turismo da 24 Horas de Le Mans -, esse italiano deixa claro que tamanho e peso não comprometem sua boa disposição. Ao ser despertado, o V6 ronca bonito, prometendo entregar muita diversão ao motorista.
Os 410 cv e 56 mkgf do motor da versão avaliada, a de topo, dão ao modelo a esportividade que se espera de um Maserati. Ao pisar forte no acelerador, o corpo é projetado contra o encosto do banco. No modo manual do câmbio automático de oito marchas e com a ajuda das aletas fixas na coluna de direção, a diversão fica maior. Há a opção Sport, que deixa o sedã mais arisco, além de aumentar a intensidade do som do motor.
Por dentro, a Maserati aposta na máxima de que “menos é mais”. Com a tradicional combinação de couro nos revestimentos de bancos e painéis e detalhes de alumínio, o visual é bem limpo. Entre os recursos tecnológicos, o destaque é o sistema multimídia, que traz tela sensível ao toque de 8.4”.
É possível ajustar, por exemplo, as quatro zonas de temperatura do ar-condicionado. O relógio analógico, acima do monitor, dá classe à cabine.
MERCADO
O Brasil não é peça fundamental na estratégia de vendas da Maserati. Por aqui, o Ghibli é um carro de nicho, vendido como um modelo especial e para poucos. Até agora, foram entregues seis unidades do irmão menor do Quattroporte.
Nos Estados Unidos, o cenário é diferente. A versão de entrada sai a US$ 66.900, ou cerca de R$ 150 mil, e a de topo vai a US$ 76.900 (R$ 175 mil, aproximadamente).
Esta é a terceira vez que a Maserati usa o nome Ghibli. O primeiro foi em um cupê, lançado nos anos 60. A segundo estreou na década de 90.