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Último reduto da combustão: Maserati mostra seu primeiro motor chamado Nettuno
Tecnologia

Último reduto da combustão: Maserati mostra seu primeiro motor chamado Nettuno

Novo motor de seis cilindros a gasolina da Maserati, Nettuno está presente no novo hipercarro MC20 que poderá ser encomendado no Brasil

Diego Ortiz

12 de fev, 2021 · 4 minutos de leitura.

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Nettuno
Maserati mostra seu novo motor Nettuno
Crédito:Mserati/Divulgação
Nettuno

Todo dia o noticiário automotivo traz notícias sobre carros elétricos, baterias e autonomia. Temas que não eram comuns anos atrás, mas que já que circundam o presente para dominar o futuro. Entretanto, há algumas marcas que ainda trabalham no passado, não tecnológico, mas sentimental e sensorial. A Maserati entrou definitivamente nesta lista ao apresentar seu novo motor a gasolina chamado Nettuno.

Este é o primeiro motor totalmente criado pela marca. Até então, a Maserati usava invariavelmente motores da Ferrari (que era sua dona desde 1997) em seus últimos carros. A unidade de força está presente no novo hipercarro MC20. E usa tecnologias extraídas da Fórmula 1. Parte do novo grupo Stellantis, formado pela FCA e PSA, a Maserati ganha fôlego para ser agora a marca de supercarros da companhia, que perdeu a Ferrari na fusão. Por isso, o investimento neste novo e moderno motor.

O Nettuno foi feito no Maserati Innovation Lab em Modena, na Itália. Ele tem arquitetura em V de 90°, com 3 litros de capacidade volumétrica e 6 cilindros. São dois turbos gêmeos e o cárter é do tipo seco, comum em esportivos que trabalham em altos giros e precisam, assim, de mais pressão na lubrificação. A taxa de compressão é de 11: 1 e o curso é de 82 mm.

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São 630 cv de potência

O motor gera 630 cv a 7.500 rpm e torque de 74,4 mkgf a partir de 3 mil giros. E ostenta boa cifra de 210 cv por litro. A unidade de força de 220 kg tem ainda um moderno sistema de pré-câmara de combustão com velas duplas vindo direto da Fórmula 1. Ele aumenta o poder de combustão da queima, e gera mais potência, bem como menos consumo de gasolina. Há ainda um sistema de injeção dupla de combustível, direto e indireto. Ele reduz o ruído na faixa de rotação mais baixa, assim como melhora a autonomia.

Além disso, o motor tem uma particularidade bem interessante, que é permitir a eletrificação. “A célula de potência e os componentes principais são modulares”, explica o engenheiro-chefe do projeto, Matteo Valentini. “Se quisermos adaptar a tecnologia de combustão a outras arquiteturas, podemos fazê-lo. O núcleo do motor é adaptável a outras configurações V6 no futuro. Se o mercado ou a empresa pedirem hibridização, vamos adaptar a solução ao pedido”.


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