Você está lendo...
Materiais recicláveis que não vingaram nos carros
Notícias

Materiais recicláveis que não vingaram nos carros

Veja ideias que pareciam boas, com o uso de materiais sustentáveis ou recicláveis, mas que não foram adiante na produção de carros

Redação

03 de set, 2019 · 3 minutos de leitura.

Publicidade

materiais
CONCEITO BAMBOO DA RINSPEED
Crédito:RINSPEED/DIVULGAÇÃO

As marcas sempre estão buscando ideias criativas para melhorar a composição de seus veículos e criar modelos mais sustentais em relação ao meio ambiente. Quanto mais itens puderem ser reciclados de um veículo quando ele chega ao final do seu ciclo de vida, melhor.

A marca sueca Rinspeed é mestre em pensar soluções diferentes, que não necessariamente se tornam reais. Uma delas era o BamBoo Concept, um carro cujo interior tinha fibra de bambu em diversas peças.

A Fiat, em 2010, mostrou o Uno Ecology, um carro com interior composto de fibra de coco também nos bancos. A Mercedes teve mais sucesso na empreitada e desde 94 usa o material para rechear os bancos dos veículos comerciais feitos aqui.

Publicidade


materiais
LOTUS/DIVULGAÇÃO

O cânhamo, uma fibra com parentesco com a maconha, é sempre uma aposta para diversos produtos e marcas em substituir outras fibras na concepção de novos veículos. A Waarmaker, um estúdio de design de Amsterdã, na Holanda, criou um conceito de scooter com a fibra, o Be.e.

Quem também apostou nesse material foi a Lotus no Eco Elise. Ele foi uma tentativa de desenvolver uma versão mais leve com o uso de itens diferentões. Funcionou: ele é 32 kg menos pesado que o Elise convencional. O cânhamo estava nos bancos esportivos e, além disso, a marca também tentou sisal e lã ecológica. O carro foi mostrado no Salão de Londres de 2008.


A Ford aposta na soja para criar a espuma que substitui a feita de plástico nos bancos. Na sua marca de luxo, a Lincoln, em 2008, tentou apostar em folha de bananeira na produção dos tapetes do MKT. O motivo era uma melhor resistência ao calor.

materiais
FIAT/DIVULGAÇÃO


Os 20 carros mais vendidos em agosto:
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.