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Mazda e Suzuki admitem fraude em testes no Japão
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Mazda e Suzuki admitem fraude em testes no Japão

Fabricantes foram flagradas por investigação de fraude pelo governo japonês por testes de emissões e consumo inapropriados; Suzuki não fará recall

Redação

09 de ago, 2018 · 2 minutos de leitura.

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Foram encontradas inconsistências nos resultados de testes de emissões e consumo
Crédito:Foto: Felipe Rau/Estadão
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Suzuki e Mazda admitiram ter conduzido testes de emissões de poluentes e consumo de combustível de forma inaporpriada no Japão. Depois de Nissan e Subaru terem sido flagradas em fraude com testes incorretos, o governo japonês começou uma investigação em todas as fabricantes nacionais, e acabou encontrando inconsistências nos testes das duas outras marcas.

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Na Suzuki foram encontrados 6.401 unidades testadas inapropriadamente. Elas pertencem a um lote de 12.819 carros produzidos desde 2012. Entre os Mazda, foram 72 carros entre 1.875 unidades fabricadas desde 2014.

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Crise na Suzuki

Apesar do número relativamente pequeno, os problemas relacionados aos testes afetam profundamente o moral dos executivos japoneses. O presidente da marca, Toshihiro Suzuki pediu desculpas publicamente pelas ações da fabricante. “É um fato importante que um grande número de nossos produtos passaram por processos incorretos”, afirmou o executivo. “Falhamos em educar nosso staff de forma profunda e extensa”, completou durante uma conferência.

A fabricante, no entanto, não deverá conduzir um recall para reparar as unidades. Logo após o anúncio dos problemas, as ações das duas marcas caíram 5% na bolsa japonesa.

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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.