Se a disputa fosse não dentro das quatro linhas, mas sobre as quatro rodas, a Sérvia não ofereceria a menor dificuldade. Isso porque a adversária do Brasil no jogo de amanhã, na Copa do Mundo, tem um mercado de carros bem pequeno.
De acordo com a Organização Internacional de Construtores de Automóveis (Oica), no ano passado foram produzidas no país do leste europeu apenas 79.912 unidades. O mercado interno é ainda menor: segundo a Oica, foram emplacados somente 30.924 carros.
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O mercado reduzido é um dos resultados da divisão pela qual passou a região da antiga Iugoslávia, país que englobava o território hoje dividido entre a própria Sérvia, Croácia, Montenegro, Eslovênia, Kosovo, Macedônia e Bósnia e Herzegovina.
Zastava Yugo, da Iugoslávia para os EUA
Ainda no tempo da Iugoslávia, a marca de automóveis local, Zastava, teve um certo sucesso na região, produzindo carros sob licença da Fiat, a partir de 1955. No entanto, embora tivesse o leste europeu como principal mercado, na década de 80 a empresa conseguiu exportar para os Estados Unidos o modelo Yugo 45.
Com a guerra interna e a dissolução da Iugoslávia, a região entrou em crise. O último carro da Zastava foi produzido em 2008, e a empresa faliu no ano passado.
No mesmo ano em que a empresa sérvia paralisou a produção, a Fiat fez uma joint venture com a República da Sérvia, e hoje produz no país o 500L, a versão longa do 500, tanto para o mercado local como para exportação.
A produção teve início em 2012, e no começo deste ano a FCA Sérvia (nome oficial da empresa) comemorou a montagem de 500.000 unidades do modelo.
Marcas originárias do leste europeu têm boa participação no mercado interno do país. De acordo com os números relativos a abril deste ano, o campeão de vendas é o Skoda Octavia, seguido de perto pelo Dacia Sandero e pelo “nacional” Fiat 500L. O VW Golf aparece na quarta posição, à frente do Fiat Punto, em quinto.