Se o conceito de "carros verdes" nasceu flertando com a racionalidade, hoje há modelos elétricos e híbridos que não deixam de lado emoção e esportividade. A Mercedes-AMG anunciou que toda a sua gama passará a ter motorização híbrida do tipo plug-in (com motor elétrico recarregável na tomada).
Na linha 53 atual, o CLS 53, o E53 e o recente GLE 53 já são híbridos leves. Neles, um motor a combustão de seis cilindros atua em conjunto com um elétrico que produz 22 cv.
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Esse arranjo permitiu um ganho de eficiência sobre os modelos movidos apenas a gasolina. Mas o chefe de assuntos externos envolvendo emissões, Frank Overmeyer, admitiu que eles não fazem parte da estratégia de longo prazo da empresa. "No híbrido leve, a redução no nível de emissões é muito discreta”, ele explicou ao site Autocar.
Novo sistema terá motor elétrico mais forte
A solução que será adotada pela AMG é o sistema híbrido de terceira geração que a Mercedes-Benz já oferece em algumas versões do Classe C, Classe E e Classe S. Nele, o motor elétrico é bem mais forte: gera 121 cv de potência e 44,8 Nm de torque.
Além disso, pode trabalhar sem a participação do motor a combustão, algo que não ocorre no híbrido leve. A autonomia em modo puramente elétrico é de 50 km.
Quando emprestado para a divisão esportiva, esse sistema será rebatizado de EQ Power+. "Os componentes serão idênticos, mas haverá um incremento significativo no desempenho. A autonomia será mais limitada: se num SUV da Mercedes são 100 km, num esportivo AMG talvez apenas 60 ou 70 km. Mas a experiência ao volante será muito superior", completou Overmeyer.
Agora, é imaginar como a novidade transformará os modelos AMG que conhecemos. Já pensou em dirigir um A45 híbrido com um motor a combustão de 400 cv e mais um elétrico de 121 cv? Ou um G63, em que o motor a gasolina gera 585 cv?