A recente desaceleração do mercado de elétricos, que atinge o mercado americano e europeu, ganha mais um capítulo, desta vez na montadora Mercedes-Benz. A marca mantinha o otimismo para a eletrificação da sua linha, prevista para ter 50% das vendas representada por elétricos e híbridos até 2025. Entretanto, esse horizonte não é possível, obrigando a marca a rever seus planos.
Com uma nova meta, prevista para atingir apenas 21% do total de vendas este ano, a empresa manterá em linha seu modelo a combustão mais barato: o Classe A. O hatch alemão deveria sair de linha este ano, mas teve sua vida útil prolongada até 2026, segundo informações da publicação britânica Autocar.
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Primeiro passo na linha Mercedes, o Classe A custa, na Alemanha, € 37.401 (ou R$ 203.189 em conversão direta). Por aqui, o modelo A200 custa acima disso, saindo por R$ 344.900. Acompanhando a mudança, o CEO da marca, Ola Kallenius, afirmou que a paridade de preços entre modelos a combustão e os totalmente elétricos está a “anos-luz de distância”, algo perfeitamente notável atualmente.
Modelos Mercedes com motores térmicos terão sobrevida
A montadora trabalha em novos modelos compactos, que também usarão motores a combustão. A nova plataforma MMA substituirá os modelos CLA, CLA Shooting Brake, GLA e GLB, permitindo o uso de motores térmicos e também elétricos. Entretanto, não se sabe o destino dos modelos Classe A (hatch e sedã) e Classe B, uma vez que estavam marcados para sair de linha. O que se tem notícia é de um pequeno SUV, usando essa plataforma, ao estilo do Classe G.
Agora, a projeção de 50% das vendas compostas por elétricos e híbridos ganhou uma nova data: 2030. Isso significa uma reformulação nos planos da marca, e uma adesão mais lenta do mercado a esse tipo de tecnologia, por exemplo. Em um documento feito a investidores, a Mercedes diz que está “tomando as medidas necessárias para se tornar totalmente elétrica”. Entretanto, afirma que “os clientes e as condições de mercado definirão o ritmo da transformação”. Ou seja, será possível comprar um modelo a combustão em 2031, por exemplo.
Outros sinais que corroboram com isso são a possibilidade da proibição de venda de modelos a combustão na União Europeia em 2035, que pode não entrar em vigor. Outro sinal é o comentário do diretor financeiro da Porsche, Lutz Meschke, que afirmou que “há muitas discussões no momento sobre o fim do motor de combustão. Acho que isso pode ser adiado”. Caso isso aconteça, a indústria do motor térmico terá uma sobrevida.
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