O Mercedes Classe C acaba de ganhar um integrante mais nervoso. A empresa começa a vender este mês o C300 Sport, por R$ 241.900. A versão esportiva do Classe C é o último degrau antes de se chegar aos modelos preparados pela divisão AMG. Abaixo dele estão o C180 flexível (nas versões Avantgarde e Exclusive, ambas por R$ 171.900) e o C250 Avantgarde (R$ 199.900).
O C300 Sport tem motor 2.0 turbo com injeção direta e 245 cv. É basicamente o mesmo propulsor do C250, mas recalibrado para maior rendimento (no 250, são 211 cavalos). As mudanças foram obtidas com reprogramação eletrônica. A pressão de turbo (0,9 bar) não foi alterada. Graças à maior potência e ao torque de 37,7 mkgf (disponível a apenas 1.200 rpm), o sedã de 1.530 quilos é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 5,9 segundos. A máxima é limitada a 250 km/h (dados oficiais).
Uma das novidades do modelo é o novo câmbio automático de nove marchas, que substitui a caixa de sete velocidades. De acordo com a Mercedes-Benz, apesar das duas engrenagens adicionais, a nova caixa é 1 kg mais leve (graças à adoção de carcaça de magnésio). Segundo a marca, a nova caixa resultou em 4,5% de economia de combustível, e a partir de agora ela também equipa as demais versões da Classe C.
A 120 km/h, o motor trabalha a menos de 2.000 rpm. Mas basta pisar um pouco mais firme para se obter acelerações vigorosas. Há cinco modos de condução, variando do econômico ao esportivo. Ao se optar pelas formas mais radicais (sport e sport+), percebe-se não apenas respostas mais instantâneas, como também um ronco mais forte dentro do carro. Isso porque os alto-falantes reproduzem o som que sai pelos escapamentos. Como o objetivo é aumentar a sensação de esportividade, nesse caso ouve-se mais barulho dentro do que fora do carro.
Nas curvas, o modelo também mostra ótimo equilíbrio, com pouca inclinação de carroceria e direção firme e precisa. O C300 Sport tem carroceria 1,5 cm mais baixa que as demais versões. A suspensão é independente nas quatro rodas, e as rodas são aro 18.
Visualmente, o C300 insinua sua rebeldia no uso moderado da cor preta. Por fora, ela está nas rodas, no corpo dos retrovisores, nas molduras da grade e dos vidros, e na parte inferior dos para-choques, que foram levemente redesenhados, para melhorar a aerodinâmica.
Internamente o tom preto também está presente no revestimento de madeira no painel. O volante tem bom apoio para as mãos, ajuste elétrico de altura e profundidade e base reta.
Entre os itens de série há bancos de couro legítimo com ajustes elétricos, teto solar, botão de partida, central multimídia (insensível ao toque) com navegador GPS e câmera de ré, etc. Porém, apesar do preço, o modelo não traz dispositivos como chave presencial (é preciso acionar o botão para destravar as portas), controle de cruzeiro adaptativo (para manter distância do veículo da frente) e sistema de manutenção em faixa.
Segundo a Mercedes, a versão C300 Sport deverá representar de 10 a 15% do total da Classe C. Como o C180 e o C250, o C300 também é montado no Brasil.