A Mercedes-Benz confirmou que vai produzir na Argentina sua primeira picape média. O modelo, fruto da parceria entre Daimler e Renault-Nissan, terá seu protótipo revelado no próximo mês.
O modelo dividirá base com a nova geração da Nissan Frontier e a também inédita Renault Alaskan. Das três, deverá ser a última a chegar ao mercado.
“Esperamos aumentar (com o lançamento da picape) nossa participação na América Latina, Austrália, África do Sul e também na Europa”, disse o presidente da Daimler, Dieter Zetsche, em entrevista nesta sexta-feira (30), dia de prévia do Salão de Paris, que abre suas portas ao público no sábado (1°).
Segundo Carlos Ghosn, presidente da Aliança Renault-Nissan, a Argentina foi escolhida por ter fábrica do grupo com capacidade ociosa e pela forte de rede de fornecedores de peças de picapes. “Um forte concorrente, de marca japonesa, é produzido e exportado a partir de lá”, falou, referindo-se à Toyota Hilux.
A Volkswagen Amarok também é produzida na Argentina e, a partir de lá, levada à Europa. “Os últimos acontecimentos no mercado argentino (que, como a indústria brasileira, passa por uma crise) mostram que, por lá, uma produção sustentável precisa ter a exportação como base”, acrescentou o executivo. “Outra vantagem é exportamos vans (Vito e Sprinter) a partir da Argentina”, disse Zetsche.
A Alaskan chega ao mercado brasileiro em 2018. A Frontier deve vir já no ano que vem, em versão feita no México.
A picape da Mercedes, aliás, também será feita na planta mexicana da Renault-Nissan, em Aguascalientes, para abastecer o mercado americano. Já a Alaskan mexicana, também já em produção, está sendo levada para alguns mercados latino-americanos, como o colombiano.