
Nícolas Borges
A MG vai iniciar no mês que vem a operação oficial no Brasil (leia mais aqui) e um dos carros à venda será o MG 6 Turbo, cuja montagem final começa a ser feita hoje, na Inglaterra, para o mercado europeu. Os modelos que desembarcam no País são de fabricação chinesa.
O carro, uma espécie de versão hatch do MG 550. Ao contrário do normal para veículos chineses, o preço não é nada convidativo. Por pouco além dos R$ 99.789 da tabela do MG 6, é possível, por exemplo, levar um mexicano Ford Fusion V6 (R$ 103.360), com motor de 243 cv e tração nas quatro rodas.
Itens que superam os 170 cv do propulsor 1.8 turbo do asiático, distribuídos só no eixo dianteiro, por meio do câmbio automático de cinco velocidades. Rodando, a potência parece menor, pois o hatch é pesado – mais de 1.500 quilos. E em altos giros, o motor é áspero.
É como se o comprador do MG 6 tivesse de pagar pelo status que um dia a marca já ofereceu. Só que o cliente não recebe o requinte esperado, apesar da boa lista de equipamentos, que inclui seis air bags e controle de tração, entre outros. Uma pena, pois o desenho externo é interessante. A carroceria transmite esportividade, com linhas bem resolvidas, de modo geral. O estilo foi desenvolvido na Inglaterra.
Mas o interior dificilmente poderia ser mais chinês. Não há luxo, o painel imita modelos BMW e para entender o computador de bordo é preciso exercitar a dedução. As opções (como consumo médio) estão escritas em caracteres chineses.
Fazendo uma analogia geográfica, dá para dizer que o MG 6 é bom para Pequim, mas insuficiente para Londres. Talvez seja por isso que, na Inglaterra, ele tenha preço de Ford Focus.