Mitsubishi: história de altos e baixos

Museu da fabricante no Japão, em Okazaki (a 50 km de Nagoya) conta a trajetória da empresa ? do fiasco do Model A ao sucesso dos utilitários 4x4 que deram fama à marca em vários mercados do mundo, inclusive o brasileiro

Por 24 de out, 2010 · 4m de leitura.

O Mitsubishi Auto Gallery abriu as portas em 1989 em uma das fábricas da marca, a 50 km de Nagoya. O acervo conta parte da história da marca, reconhecida no Brasil por seus 4×4. Mas a trajetória da companhia, cujo nome significa “três diamantes”, começou bem antes dos veículos com tração nas quatro rodas. Foi em 1917, com o Model A. Uma réplica do primeiro carro da empresa é uma das atrações do museu.

Mas ele não fez sucesso – somou apenas 22 unidades vendidas. A carreira, ao menos, foi melhor que a do PX33, primeiro 4×4 do Japão. Criado em 1935, teve quatro exemplares fabricados até 1937 e foi reprovado para produção em série. Após o fiasco, a Mitsubishi se concentrou na fabricação de veículos para trabalho da Fuso.

Depois da 2ª Guerra Mundial, que arrasou a indústria japonesa, a empresa passou a montar triciclos de baixo custo. Só voltou a produzir carros em 1960, com o 500 (cópia do 600, modelo italiano da Fiat), que deu origem, dois anos depois, à linha Colt. A história dos modelos 4×4 tomou impulso a partir de 1952, com a montagem de modelos Jeep sob licença. Estes deram origem, em 1973, ao primeiro utilitário com o nome Pajero.


PX33 1935-1937 – Encomenda de um oficial da academia de direção do exército japonês, foi o primeiro veículo 4×4 do país. (Fotos: Mitsubishi/Divulgação)

MODEL A 1917-1921 – Feito à mão em um estaleiro, era caro em relação a concorrentes dos EUA e Europa. Motor gera 35 cv.

JEEP CJ3B-J10 1955 – A partir de 1952, fábrica passou a fazer modelos da Jeep sob licença. Eles deram origem ao primeiro utilitário como o nome Pajero.

500 1960-1962 – Com preço de US$ 1,1 mil à época, cópia do italiano Fiat 600 marcou estreia da marca no segmento de compactos.

LANCER 1973 – Equipado com um motor 1.6 feito para poluir menos, tinha como slogan ‘respeito à natureza humana’.

PAJERO – Em primeiro plano, campeão do Paris-Dakar na divisão de produção em 1983. Atrás, modelo que venceu a prova geral em 1985.