
Palmeiras, de Felipão, encerrou parceria com a Fiat e agora leva o logotipo da Kia na camisa (Foto: Epitacio Pessoa/AE)
RAFAELA BORGES
TIÃO OLIVEIRA
Carro e futebol são paixões nacionais e a conexão entre as montadoras e os times tem crescido. As fabricantes estão expandindo o patrocínio ao esporte – além de estampar anúncios nas placas de publicidade em estádios, é cada vez mais comum ver logotipos das marcas nas camisas das equipes.
Entre os contratos assinados recentemente está o da Kia com o Palmeiras. A sul-coreana passou a ser a patrocinadora principal do time paulista. O clube usou pela primeira vez a camisa com o novo parceiro contra o Santos, no dia 5 de fevereiro.
A marca substitui a Fiat, que havia desembolsado R$ 26 milhões por 18 meses de contrato. A Kia pagará ao clube R$ 18 milhões anuais durante três anos.
A VW não divulga os valores que paga, desde 2009, pelo patrocínio à Seleção Brasileira. A marca estará na camisa da equipe até a Copa de 2014, no Brasil. A verba faz parte dos R$ 6,2 bilhões em investimentos da empresa no País até 2014.

Concessionária Allegro fez propagando de carros da Peugeot na camisa do Bragantino (Foto: JF Diorio/AE)
“Estampar a camisa de um time de futebol democratiza a marca”, diz o publicitário Alcir Gomes Leite, diretor da agência DM9DDB. “Com a Seleção Brasileira isso é ainda melhor. É abraçar uma paixão nacional é ‘patrocinar’ o País”, afirma o especialista.
Para Leite, no caso dos clubes, se houver uma boa estratégia mesmo quem torce para outro time entenderá a ação como um apoio ao futebol como um todo.
Investimento
Há empresas que aderiram à estratégia de associar suas marcas ao futebol por valores – e em times – mais modestos. “Os jogos são televisionados e o custo-benefício acaba sendo interessante”, diz Rafael Barbero, diretor da Avallon Blindagens, que pagou R$ 300 mil para ter sua marca na camisa do Mogi Mirim até o fim do ano.
A autorizada Peugeot Allegro patrocinou o Bragantino em dois jogos recentes, contra São Paulo e Corinthians. “Queríamos homenagear os dez anos de produção no Brasil e colocamos o (esportivo) RCZ nas costas da camisa e o (sedã) 408 THP na frente”, conta Nabi Abi Chedi Neto, diretor da empresa.
“O retorno foi tão bom que estamos negociando um acordo de um ano, entre abril de 2012 e abril de 2013, para a Série B do Brasileiro neste ano e a Série A do Paulista no próximo.”