Rafaela Borges
Assim como a maior parte da linha Fiat, o furgovan Doblò teve seu motor 1.8 substituído no ano passado. No lugar do bloco 8V flexível de origem GM, de 114 cv, entrou o 16V da Fiat Powertrain Technologies, que gera até 132 cv e também é bicombustível. O resultado foi um modelo mais esperto e fácil de guiar. Isso sem comprometer o consumo. Pelo contrário: ele até diminuiu.
O novo motor 1.8 equipa a versão com apelo visual aventureiro, Adventure, e a HLX. Esta, avaliada pelo Jornal do Carro, tem preço de R$ 58.730. Com o propulsor, o ânimo do Doblò está renovado. Principalmente nas retomadas, quando não é mais preciso pisar fundo no acelerador e esperar com paciência o ponteiro do velocímetro subir.
Em terceira marcha, a 40 km/h, o motor responde ao comando do acelerador com mais prontidão e sem elevar demais o ponteiro do conta-giros. Isso representa mais silêncio e redução do consumo de combustível, além de agilidade.
Mas se o propulsor 1.8 casou bem com o Doblò, outros problemas do carro persistem. A reestilização aplicada no modelo em 2009 não deixou o interior menos defasado. Tudo é simples e antiquado para um carro de quase R$ 60 mil. O painel de instrumentos, ao menos, tem desenho interessante. Na cabine também há muito barulho de peças batendo.
A estabilidade não é das melhores, já que o carro tem centro de gravidade alto. Em curvas, cautela e velocidade baixa são recomendáveis. A transmissão manual de cinco marchas é bem escalonada, mas imprecisa.
Um dos destaques do Doblò é a terceira fileira de bancos. O sexto assento é de série e o sétimo, opcional de R$ 902. O furgovan já sai de fábrica com ar-condicionado, direção hidráulica, computador de bordo e travas e vidros elétricos. Opcionalmente, há air bags e freios ABS.