
De acordo com o relatório, há diferenças de mais de 40% entre os resultados dos testes de homologação e o desempenho dos mesmos carros no mundo real. A T&E mostra que, dos veículos testados pela instituição, carros da Mercedes-Benz apresentaram a maior diferença entre o número fornecido, chegando a quase o dobro do consumo divulgado.
No caso dos modelos da Opel/Vauxhall, os dados parecem ainda pior, já que todas as melhorias aferidas em testes de consumo e divulgadas pela companhia nos últimos anos não foram constatadas no uso normal e ainda pioraram os resultados.
Outro modelo testado foi o Volkswagen Golf, o carro mais vendido da Europa, na versão 1.4 turbo com o mesmo motor vendido no Brasil. Segundo a Transport & Enviroment, ele conseguiu atingir apenas um quinto dos valores divulgados pela marca alemã, tendo uma diferença de 40% entre o número oficial e o que foi atingido pela instituição.
Motivação. De acordo com a T&E, a divulgação desses dados e a realização dos testes é para mostrar que os atuais métodos de avaliação de consumo e emissões de CO² não funcionam e que a nova proposta de ciclo de testes para veículos de passeio, o WLTP, mostra melhorias apenas temporárias e limitadas.
O reponsável pela área de veículos limpos da T&E, Greg Archer, afirmou que “mudanças sistemáticas na maneira com que os carros são testados, regulados e taxados são necessárias para garantir que os carros não poluam nos laboratórios e muito menos nas ruas. As tecnologias para reduzir as emissões existem, o que falta é uma política firme para garantir que os resultados que estão sendo entregues sejam reais.”