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Multas de trânsito poderão ser parceladas no cartão de crédito
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Multas de trânsito poderão ser parceladas no cartão de crédito

Órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) já estão autorizados a cobrar multas via cartão de débito e crédito

Redação

18 de out, 2017 · 3 minutos de leitura.

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Crédito: Ayrton Vignola/Estadão
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A partir de agora, as multas de trânsito e demais débitos relativos ao veículo poderão ser pagas por meio de cartões de débito ou parceladas no crédito. Os órgãos e as entidades integrantes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) já estão autorizados a oferecer estas vias de arrecadação.

A medida foi regulamentada pela Resolução nº 697, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicada nesta quarta-feira, 18 de outubro, no Diário Oficial da União. O texto altera a Resolução nº 619, de 2016, que proibia o parcelamento das multas de trânsito. Agora, caberá a cada órgão de trânsito implementar a medida.

O diretor do Departamento Nacional de Trânsito e presidente do Contran, Elmer Vicenzi, explica que a intenção é reduzir a inadimplência. Ele lembra que “muitos proprietários de veículos buscavam parcelamento como forma inicial de regulamentar a situação do automóvel e obter o documento de licenciamento ou possibilidade de transferência”. Porém, segundo o diretor, não arcavam com o compromisso de quitar as demais parcelas.

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Vicenzi afirmou ainda que a medida busca aperfeiçoar a forma de pagamento das multas de trânsito e demais débitos do veículo. Dessa forma, o sistema se adequará “aos métodos de pagamento mais modernos utilizados pela sociedade”.

Nos casos de parcelamento, as empresas que operam como adquirentes ou subadquirentes de cartões de crédito deverão realizar a quitação das multas à vista junto ao órgão de trânsito, assumindo o risco da operação junto ao titular do cartão.

 


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”