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Multas por farol baixo desligado já são mais de 14 mil em estradas
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Multas por farol baixo desligado já são mais de 14 mil em estradas

Dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que 14.974 motoristas foram flagrados sem usar o farol baixo

12 de jul, 2016 · 5 minutos de leitura.

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 Multas por farol baixo desligado já são mais de 14 mil em estradas
Multa é de R$ 85 e mais quatro pontos na carteira para quem for flagrado

Na última sexta-feira (08) começou a valer a Lei que obriga os motoristas a utilizarem o farol baixo ligado durante o dia em todo o território nacional. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), que cuida das rodovias federais, já autuou desde então 14.974 motoristas – esse dado é preliminar com as multas aplicadas entre o dia 8 e a última segunda-feira (11).

De todos os 26 estados da União, mais o Distrito Federal, Goiás é o recordista, com 2.583 autuações nesse período. Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul completam os cinco primeiros com 1.909, 1.453, 1.231 e 1.060 multas, respectivamente.

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O que vale e o que não vale. A Lei 13.290 obriga os motoristas a utilizarem o farol baixo ao trafegar em rodovias e túneis – mesmo iluminados – em todo o território nacional. Ela foi proposta pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR) e levada a outra casa do legislativo pelo senador José Medeiros (PDT-MT), e tem como motivação a redução de acidentes frontais nas rodovias.

No projeto original, a Lei não contempla as luzes diurnas ou DRL (ou Daytime Running Lights, em inglês), que são luzes auxiliares que alguns carros trazem e que ficam ligadas desde que é dada a partida no veículo.Procurado, o Ministério das Cidades afirmou que apesar dos DRL não estarem descritos no texto da Lei, eles poderão ser utilizados para se cumprir a nova determinação sem risco de multa aos motoristas.

Os DRL podem ser com lâmpadas convencionais, caso de carros como Jeep Renegade e Fiat 500 ou de LEDs, caso do Citroën DS3, ou o VW Fusca. No caso dos veículos com LED, há a capacidade de trabalhar a intensidade da luz na hora de dar seta, por exemplo. No caso do Renegade, o DRL também é a luz de seta, sendo que ele se apaga momentaneamente para indicar a posição para a qual o carro irá virar.


O Diretor de Segurança Veicular da Associação de Engenheiros Automotivos (AEA), Gilson Tolfo Jr., diz que há discrepâncias sobre como isso pode ser interpretado pelo agente que fará fiscalização, uma vez que não há especificações sobre o que é ou não um DRL pela lei. Ele aconselha que os proprietários de veículos que tenham o dispositivo, andem com o manual para indicar ao policial em caso de fiscalização.

Atualmente o uso do farol baixo nas estradas é apenas recomendado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), ou seja, o motorista usa apenas se quiser. A partir do dia 8, quem for flagrado com os faróis apagados em estradas será enquadrado em uma infração média, com perda de quatro pontos na CNH e multa de R$ 85 (em novembro os valores aumentam e passa a ser de R$ 130,16).


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.