O Mustang Mach 1 já pode ser encomendado no Brasil. A nova geração de uma das versões mais icônicas do cupê da Ford é repleta de referências ao carro de 1969. Mas traz várias modernidades emprestadas dos novos Bullit, GT 350 e GT 500. O preço não é para qualquer bolso: R$ 499 mil.
Ou seja, são R$ 102.100 a mais que a tabela da versão Black Shadow, que sai de cena. Assim, o Mustang Mach 1 passa a ser a opção da linha no Brasil. Aliás, por falar em preço, o novo cupê é “apenas” R$ 40 mil mais barato que um Porsche 718 Cayman.
Porém, o alemão tem motor 3.0 de seis cilindros e 300 cv e leva apenas duas pessoas. Ele acelera de 0 a 100 km/h em 5,1 segundos e chega a 275 km/h. O Mustang Mach 1 traz um 5.0 V8 de 483 cv (17 cv a mais que o do Black Shadow) feito no Canadá. O torque é de 56,7 mkgf às 4.900 rpm. O câmbio é automático de dez marchas com trocas manuais na alavanca e volante.
Obviamente, foram feitos ajustes pela engenharia para as condições do País. Além disso, alguns equipamentos e o acabamento foram adaptados ao gosto dos brasileiros. Em síntese, porém, o Mustang Mach 1 oferecido aqui é igual ao carro vendido nos Estados Unidos. Isso porque, diferentemente do modelo de 1969, o atual é um produto global.
Mustang Mach 1 é recheado de eletrônica
Além disso, o Mustang Mach 1 é um 2+2 (ok, atrás só cabem duas crianças). A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 4,3 segundos. Mas o Ford vendido no Brasil tem velocidade máxima limitada a 250 km/h. O pessoal da marca até tentou explicar o motivo desse cabresto. Mas não convenceu.
Assim, o Mach 1 traz tudo que um carro global deve ter. Como várias soluções eletrônicas. Por exemplo, o painel tem tela de 12 polegadas, é virtual e configurável. Há ainda sistema de conectividade Sync 3 e som da marca dinamarquesa Bang & Olufsen. E também o Ford Pass Connect.
Por meio de um aplicativo dá, por exemplo, para ligar o motor a distância. Assim, é possível resfriar ou aquecer a cabine previamente. Além disso, o sistema alerta sobre o nível de combustível e a pressão dos pneus, por exemplo. O primeiro ano do serviço é grátis.
Fritando os pneus
Além disso, o Mustang Mach 1 tem sete opções de modos de condução. Incluindo “pista” e “drag”, que freia as rodas da frente enquanto os pneus traseiros “fritam”. A esportividade é garantida ainda pelo sistema ajustável do som do escapamento. É possível inclusive programar o horário em que o ruído do motor ficará, digamos, comportado.
Isso certamente evitará caras feias de vizinhos pela manhã. Aliás, os escapamentos têm quatro saídas de 4,5″. Portanto, maiores que as convencionais. Ainda sobre a parte traseira, o defletor dinâmico, bem como a suspensão, vieram do Shelby GT 500. Há ainda radiadores para o motor, óleo da transmissão e do diferencial traseiro – também do GT 500.
A suspensão é adaptativa. Para isso, utiliza um sistema eletrônico, além de amortecedores com fluído eletromagnético e vários sensores. Assim, permite o ajuste independente nas quatro rodas. Há ainda barras estabilizadoras reforçadas.
Referências ao cupê clássico
O freios são da Brembo, com pinças de alumínio na dianteira e discos de 36 mm. O sistema fica bem à mostra graças às rodas de liga leve de 19″ e cinco raios bem abertos. Os pneus são 255/40 R19 na frente e 275/40 R19 atrás.
As pinças, aliás, são pintadas de laranja. Trata-se do mesmo tom de alguns filetes que contrastam com a cor cinza da carroceria, escolhida pela Ford como a de lançamento do modelo. Mas há outras opções, como azul, preta, laranja, branca…
Na cabine, o Mustang Mach 1 traz referências ao modelo dos anos 1960. É o caso dos bancos de couro, com costuras na horizontal. Na parte superior do console está o número de série do carro, que terá edição limitada. A Ford, porém, não informou quantas unidades serão destinadas ao Brasil.