Você acredita em ressurreição? Ou de ter sido outra coisa em vidas passadas? Pois o trabalho dos dinamarqueses Christian Mygh e Jonathan Kamstrup, da REC Watches, prova que há vida depois da morte – pelo menos para o Mustang.
O dois desenvolveram relógios artesanais feitos com peças recicladas de Mustangs clássicos.
O trabalho começa com o garimpo de veículos sucateados. Encontrado o “corpo”, eles reaproveitam o material da carroceria para criar peças originais. De acordo com eles, com cada carro é possível produzir centenas de relógios, custando em torno de US$ 1.500 (quase R$ 5 mil).
“Onde a maioria das pessoas só veria uma pilha de metal, o fantasma de um Mustang, nós enxergamos algo completamente diferente – a alma de um carro e uma história que precisa ser contada”, diz Mygh. “Eu não estou cortando Mustangs. Eu estou trazendo Mustangs que não podem mais ser reparados de volta à vida como um relógio.”
Para garantir que essas histórias continuem a ser contadas a REC Watches pesquisa meticulosamente o passado de cada veículo, conversando com seus antigos proprietários, além de reunir histórias e imagens da sua vida em um vídeo personalizado.
Cada relógio traz o número de identificação do veículo, o seu ano de fabricação e aspectos clássicos de design do modelo. Um mostrador redondo, parecido com um marcador de combustível, indica o nível de carga da bateria. Os ponteiros, a data e os números também são inspirados no emblemático painel de instrumentos do carro.
A equipe já encontrou grandes raridades, como um Mustang Raven Black 1966 descoberto na Suécia que serviu de base para a edição limitada P51-04, de 250 relógios.
Lançado em 1964 e batizado em homenagem ao avião de combate da Segunda Guerra Mundial, o Mustang tornou-se um clássico instantâneo com seu estilo radical e desempenho agressivo. Ele consolidou seu status de superastro ao protagonizar o filme “Bullitt” em 1968, com Steve McQueen, além de uma série de outros filmes e músicas.