Não é preciso revezar o uso de gasolina ou álcool

De acordo com o diretor da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, Alfredo Castelli. "Atualmente, os carros com motores flexíveis estão preparados para rodar exclusivamente com álcool, sem nenhum problema", explica

Por 28 de jun, 2010 · 3m de leitura.
Há um ano comprei um Peugeot zero-km, flexível, e ao recebê-lo enchi o tanque com álcool. Repeti o procedimento até a primeira revisão, quando me informaram que a cada cinco tanques de etanol o seguinte deveria ser de gasolina, pois o álcool resseca onde passa e na gasolina sempre há um resíduo de óleo. Ao ler a reportagem “De olho na boia…” (JC do dia 6 de junho), pergunto: isso é verdade?
N. G. ARIDA, CAPITAL

Isso não é verdade, de acordo com o diretor da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, Alfredo Castelli. “Atualmente, os carros com motores flexíveis estão preparados para rodar exclusivamente com álcool, sem nenhum problema”, explica.

Ou apenas com a gasolina, pelo tempo que o motorista desejar. “O consumidor pode usar só um combustível durante muito tempo e isso não vai afetar a durabilidade dos componentes ou a dirigibilidade do veículo”, ressalta o especialista.

“Existe toda uma tecnologia própria, desenvolvida exclusivamente para isso.” Segundo Castelli, essa crença de que a gasolina é necessária para lubrificar o sistema de alimentação é antiga e não tem validade nos dias de hoje. Na realidade, trata-se apenas de mais um dos mitos que cercam os motores bicombustíveis desde seu surgimento, com o Volkswagen Gol 1.6 em 2003. Utilize o combustível que for mais conveniente.