Se você vai ao cinema em busca de um filme com roteiro bem amarrado, história criativa e mensagens reflexivas no fim, esqueça, “Need for Speed”, que estreia hoje nas telonas do Brasil, não é para ti. O filme derivado de uma das franquias de maior sucesso nos videogames é só para quem tem gasolina nas veias e aprecia pitadas politicamente incorretas na ficção.
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O filme começa de forma bem americana (com forte patrocínio da Ford), com uma homenagem aos drive-ins e, outra ainda mais específica, ao filme “Bullit”, estrelado por Steve McQueen e que tem uma das melhores cenas de perseguições de carros de todos os tempos. Mais que um spoiler, isso indica a forma como todo o filme é conduzido.
Em termos automobilísticos, “Need for Speed” deixa “Velozes e Furiosos” no chinelo. Além das vastas citações à lenda Carroll Shelby, o filme tem como ator principal um Mustang Shelby GT de 900 cv e muitas outras máquinas como um GTA Spano, Koenisegg Agera R, Lamborghini Sesto Elemento, Bugatti Veyron, McLaren P1 e um Saleen S7 (que calçam pneus ExtremeContact, da Continental). Todos envolvidos em corridas sensacionais e fugas espetaculares da polícia (as vezes espetaculares até demais), lembrando a variação Hot Pursuit do game.
Na trama que cerca os carros, Tobey Marshall (Aaron Paul, da série Breaking Bad) é um mecânico que se envolve em um acidente e precisa atravessar os Estados Unidos para participar de um perigoso circuito de corridas clandestinas e limpar sua barra. História rasa, mas envolvente, que fica ainda mais atraente pela sonorização, que capricha no ronco dos motores.
Mas aqui fica um conselho: ao acabar de ver o filme, pare para conversar com os amigos ou comer alguma coisa. Não saia direto para o seu carro. Você ainda poderá estar contaminado pelo vírus da velocidade e poderá tomar uma multa, ou até duas…
Veja o trailer oficial do filme: