A chinesa Neta tem intenção de produzir no Brasil, e para isso, pode firmar parcerias com fabricantes locais para garantir que isso comece quanto antes. A fabricante está em negociação para iniciar a montagem de seus veículos localmente. Segundo César Gomes, diretor de rede da Neta Auto do Brasil, a empresa não descarta começar uma planta do zero.
Contudo, a preferência da marca é mesmo firmar parcerias com fábricas já estabelecidas no território nacional, a fim de acelerar o processo de montagem dos modelos da marca. Por aqui, as negociações da Neta já acontecem em três estados, sendo eles Goiás, São Paulo e Espírito Santo, por exemplo.
Além disso, fontes ouvidas pelo Automotive Business relatam haver maior preferência pela região Centro-Oeste, e que a Neta conversa com o Grupo Caoa, que tem unidade em Anápolis, e também com a HPE, em Catalão, por exemplo. O primeiro é responsável por modelos Hyundai e Caoa Chery, e o segundo por modelos Mitsubishi. Procuradas pelo site, a Caoa diz “desconhecer a informação”, e a HPE negou qualquer parceria, via assessoria de imprensa;
Entretanto, César afirma que muitas montadoras tradicionais já procuraram a Neta para firmar parcerias e discutir custos. Seja como for, a empresa promete que a decisão sai até março deste ano. “Pela rapidez e agilidade, fazer uma parceria será melhor, pois haverá a estrutura já existente. Qualquer que seja a escolha, vamos anunciar no primeiro semestre para enraizar definitivamente a marca no país”, diz o executivo.
Neta produzirá inicialmente em regime CKD
Os planos da marca incluem a produção dos modelos Neta Aya e os SUVs X e L, em regime CKD, até meados de 2026. Assim, já me 2027, a empresa deseja iniciar a produção com algum índice de nacionalização, não revelado pela marca. Por esta razão, a empresa já negocia com fornecedores locais, mas com a possível falta de especialização nacional na produção de modelos eletrificados, pode acabar trazendo parceiros chineses para auxiliar na tarefa.
Por fim, os planos da Neta no Brasil vão muito além da produção e venda nacionais. A empresa deseja produzir aqui para poder ganhar mercado na América Latina. A marca já está em conversas com países como Equador, Bolívia, Costa Rica, Uruguai e Chile, por exemplo.
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