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Nissan é processada por fraudar testes de emissões na Coreia do Sul
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Nissan é processada por fraudar testes de emissões na Coreia do Sul

Governo local encontrou dispositivo que reduzia emissões durante testes em Qashqai a diesel

09 de fev, 2017 · 2 minutos de leitura.

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 Nissan é processada por fraudar testes de emissões na Coreia do Sul
Nissan Qashqai

A Nissan foi declarada culpada pelo governo da Coreia do Sul por usar um dispositivo para fraudar os resultados dos testes de emissões no país. O motor envolvido é um 1.6 a diesel produzido pela Renault, que equipa os Qashqai vendidos na Coreia, fabricados na Inglaterra.

As vendas do crossover foram interrompidas no país asiático e até agora 814 unidades passaram por um recall para retirada do dispositivo. O item reduzia as emissões de óxidos nitrosos em maior quantidade quando testado. Na rua, o motor emitia mais poluentes que o permitido.

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A fraude foi descoberta após o governo coreano testar em condições reais de uso cerca de 20 modelos a diesel após o escândalo mundial que envolveu as marcas do grupo Volkswagen. Segundo um porta-voz do governo, o Qashqai desativava o sistema de redução de poluentes com o motor ainda em temperatura baixa de funcionamento, menor do que o padrão da indústria.

A Nissan chegou a ser processada e multada pela Coreia do Sul em 2016, mas recorreu da decisão e até processou o ministro do meio ambiente coreano já por causa de acusações de fraude nas emissões.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.