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Nissan não se opõe à fusão da FCA com a Renault
Mercado

Nissan não se opõe à fusão da FCA com a Renault

Acordo entre Fiat Chrysler (FCA) e Renault poderia criar terceiro maior grupo automotivo do mundo; Nissan não se opõe a negociação

Maki Shiraki; Naomi Tajitsu, DA e REUTERS

30 de mai, 2019 · 3 minutos de leitura.

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FCA APRESENTOU PROPOSTA DE FUSÃO A RENAULT
Crédito:MARCO BERTORELLO / AFP

A Nissan afirma não ser contrária a uma eventual fusão entre Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e a Renault, de acordo com a Reuters. O anúncio foi feito pelo CEO da montadora japonesa, Hiroto Saikawa, na quarta-feira, 29, após uma reunião com executivos da Renault e da Mitsubishi em Yokohama, no Japão.

“De forma geral, não vemos nenhum aspecto negativo”, disse o executivo. Na reunião, estiveram presentes os CEOs da Renault, Jean-Dominique Senard, e da Mitsubishi, Osamu Masuko.

A declaração abre caminho para que as negociações continuem. A relação entre Nissan e Renault, que são parceiras comerciais há 20 anos, era vista como principal empecilho para a concretização do acordo, que prevê a criação de um conglomerado automotivo de US$ 35 bilhões.

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A parceria entre as montadoras está fragilizada desde 2018, quando a Nissan liderou o processo de derrubada do ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, Carlos Ghosn, acusado de violações financeiras.

A montadora japonesa – que tem 43,4% de suas ações nas mãos da parceira francesa – ainda luta para se recuperar após maus resultados financeiros nos últimos anos.

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Fusão criaria grupo poderoso

O objetivo da fusão entre FCA e Renault é criar uma empresa controlada por um Conselho no qual cada uma das montadoras teria quatro cadeiras e metade das ações. Se o acordo acontecer, a Nissan terá um representante na administração.

Com o negócio, o grupo passaria a produzir cerca de 8,7 milhões de veículos por ano e seria o terceiro maior fabricante de automóveis do mundo, atrás de Toyota e Volkswagen.


 

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Jornal do Carro
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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.