É difícil descrever em palavras o que esse motor é capaz de fazer, mas, para se ter uma ideia, ele leva o carro de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos, conforme informações da fabricante. A velocidade máxima é de 312 km/h. É desempenho para ninguém botar defeito, mas ele não é só rápido.

O Nissan GT-R Nismo é também incrivelmente “na mão”. No curto tempo em quem estivemos com ele na pista usada pela engenharia da marca, chamou a atenção a forma como o esportivo faz curvas. O motorista pode estar a 80 km/h ou a 150 km/h que o carro cumprirá essa missão com a mesma segurança, até mesmo no modo Conforto de condução – há ainda o Normal e o Racing, mais esportivo.

Isso ocorre por causa do excelente trabalho feito no conjunto de suspensão independente, com braços duplos triangulares no eixo frontal e multilink no traseiro. Ele permite ao GT-R manter aderência em alta velocidade e absorver os impactos de forma digna para um esportivo. A direção elétrica muito bem calibrada ajuda na manutenção da trajetória. Ela é bem mole em situações de baixa velocidade, como em manobras, e dura demais em alta, mas, para um carro tão rápido, está na medida certa.

No ano que vem, o GT-R Nismo, bem como sua versão “normal”, começa a ser vendido pela Nissan no Brasil – por encomenda. O preço deverá ficar em torno de R$ 1 milhão.
VIAGEM FEITA A CONVITE DA ANFAVEA

OPINIÃO

A incrível artede sentir a força g te esmagando

O piloto da Nissan pergunta se estou pronto para fazer o teste de arrancada do GT-R Nismo. Respondo que sim, com um sorriso. O pé esquerdo vai no freio e o direito pisa com tudo no acelerador até o giro subir.O japonês abre a contagem até três, o pé sai do freio de uma vez e, como mágica, o esportivo começa a desafiar muitas leis da física.

Tento continuar com as mãos no volante enquanto sou grudado ferozmente no banco. O velocímetro voa na direção dos 100 km/h, dos 120, 130, mas é hora de frear. A “patada” do freio é tão absurda quanto a aceleração e, em poucos metros, o Nismo para por completo.

Rindo da minha cara de bobo, o piloto pergunta se eu gostei. Demoro um pouco a concatenar as sensações e transformá-las em inglês. Queria mesmo era dizer um palavrão, mas respondi: “sensacional”.