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Nissan Versa CVT encara Toyota Etios automático
Comparativo

Nissan Versa CVT encara Toyota Etios automático

Com motor 1.6, Nissan Versa Unique custa R$ 66.290 enquanto Toyota Etios 1.5 XLS sai a R$ 60.640

03 de ago, 2016 · 8 minutos de leitura.

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 Nissan Versa CVT encara Toyota Etios automático
Sedãs compactos tem motor 1.5 (Toyota) e 1.6 (Nissan) flexíveis

No segmento de compactos, quando a prioridade é espaço, os sedãs deste comparativo estão entre as melhores opções. Nissan Versa e Toyota Etios Sedan não têm forte apelo visual, mas compensam isso entregando amplitude na cabine e conforto. E, para melhorar esse quesito, agora ambos trazem câmbio automático.

No tira-teima entre os modelos sem pedal de embreagem, no qual essa dupla comparece em versões de acabamento de topo, o Etios levou a melhor. Em um duelo equilibrado, o Toyota sobressaiu por seu porta-malas cavernoso e o preço quase R$ 6 mil inferior.

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O Versa é até um pouco mais espaçoso no banco traseiro, mas o do Etios também é suficientemente amplo e seu porta-malas, maior. São 562 litros no Toyota produzido em Sorocaba (SP), ante 460 litros do Nissan feito em Resende (RJ).

Nos dois, o espaço para pernas no banco de trás é comparável ao de carros de segmentos superiores. Porém, apenas dois vão bem acomodados nessa parte, já que a largura dos compactos é reduzida.


O que oferecem. O Etios XLS custa R$ 60.640, ante os R$ 66.290 do Versa Unique. Ambos vêm muito bem equipados. O Nissan tem alguns mimos exclusivos. Apenas ele traz ar-condicionado automático e sistema multimídia com navegador GPS e vários aplicativos. A central do Toyota é mais simples e difícil de usar.

A sensação de qualidade a bordo é equivalente nos dois sedãs compactos. Ambos trazem bancos de couro. A Toyota bem que poderia melhorar os materiais usados na cabine do Etios. Ainda que muito bem montado, o interior transmite simplicidade em excesso para um carro na casa dos R$ 60 mil. No Versa, os assentos dos bancos dianteiros são muito curtos. Isso atrapalha o motorista na hora de encontrar a posição ideal de dirigir.

Pela faixa de preço em que estão, os dois poderiam ter mais itens de segurança, como air bags laterais e controle de estabilidade. Esses itens não são oferecidos nem mesmo na lista de opcionais. Ao menos, há fixação Isofix para cadeirinhas infantis no banco traseiro dos dois.


Sob o capô, o Etios traz o valente motor 1.5 de 107 cv, enquanto o Versa vem com o mesmo 1.6 de 111 cv do Kicks. O Toyota vem com câmbio automático convencional de quatro marchas, enquanto o do Nissan é CVT, de relações continuamente variáveis.

Tipo de câmbio define as diferenças de comportamento. Os câmbios de quatro velocidades disponíveis em alguns carros à venda no País são defasados e pouco eficientes. O do Etios, porém, surpreende: as trocas de marcha são muito suaves e transmissão aproveita bem a força do motor 1.5, sem fazer reduções desnecessárias. O conjunto passa leveza e é ágil no trânsito urbano.

Na estrada, a rotação se mantém baixa, na casa das 2.600 rpm a 120 km/h, o que contribui para o silêncio a bordo. É verdade que em algumas retomadas mais fortes o motor “grita” um pouco, mas o mesmo ocorre, e de forma até mais intensa, no Versa, por causa da transmissão CVT.


O câmbio da Nissan é bom, já que promove pouca oscilação na rotação do motor e “entende” bem os comandos do pedal do acelerador, mas passa uma sensação mais artificial à condução que as quatro marchas definidas do Etios.

O Toyota é mais gostoso de guiar, com direção direta e ótimo acerto de suspensão. O Versa não vai mal, mas é menos envolvente e sua suspensão, cujo ajuste é bem mais firme que a do concorrente, entrega respostas mais “secas”.

Opinião: O desabrochar do Toyota Etios. O Etios está crescendo e aparecendo. Ele ainda lembra bastante o compacto de visual discutível e espartano ao extremo lançado em 2012, mas suas melhores qualidades sempre estiveram onde os olhos não veem. E a Toyota as tem aprimorado cada vez mais.


Os motores ganharam potência (nem precisava…) e opção de um surpreendentemente bom câmbio automático. Além disso, ele é mais gostoso de guiar do que sugere seu desenho, sem contar a impressão de ser capaz de sobreviver a um desastre nuclear. O Versa é muito bom, eficiente e confortável, mas é mais caro e falta personalidade ao conjunto, algo que, por incrível que pareça, o Etios tem de sobra.

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