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Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi não corre riscos, diz empresa
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Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi não corre riscos, diz empresa

Ações das montadoras caíram após rumores de possível rompimento. Aliança é fundamental para as três marcas

Redação, com AFP

15 de jan, 2020 · 4 minutos de leitura.

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Carlos Ghosn foi preso no Japão em 2018
Crédito:Babu/Reuters
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A Nissan “não tem intenção de dissolver” sua aliança com Renault e Mitsubishi, de acordo com comunicado divulgado pela própria Nissan. A marca se pronunciou após rumores sobre o fim da união terem sido reverberados pela imprensa ao redor do mundo.

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“Esta aliança é a razão da competitividade da Nissan. Com essa aliança, que busca gerar crescimento estável a longo prazo, a Nissan vai continuar com resultados positivos para as três empresas”, afirmou o comunicado da empresa.

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Uma fonte próxima à marca japonesa afirmou à agência AFP que as informações publicadas pelo jornal Financial Times tinham fontes “descontentes” com o grupo. Ainda assim, o reestabelecimento da confiança entre as marcas do grupo levará tempo. A fonte da AFP também confirmou que as empresas sabem que sem a Aliança, o futuro das marcas fica comprometido.

O grupo correu para desmentir as notícias após as ações da Renault caírem 2,82% na bolsa de Paris. As ações da Nissan também caíram 2,96% na bolsa de Tóquio após os rumores de uma possível quebra da Aliança.

Em entrevista após sua fuga do Japão, o ex-CEO da Aliança, Carlos Ghosn, afirmou que “já não havia mais aliança Renault-Nissan”. A informação foi veementemente rechaçada pelo presidente da Renault, Jean-Dominique Senard. “A Aliança não está morta. Estamos recriando seu espírito original”, disse o executivo. “Nenhum dirigente duvida do caráter fundamental desta Aliança”, confirmou Senard.


Tanto a Nissan quanto a Renault tentam colocar um fim à “era Ghosn”, preso no Japão em 2018 por utilização indevida de recursos da empresa.

Aposentadoria

O antigo todo-poderoso da Renault-Nissan, aliás, entrou com uma ação contra a marca francesa para que continue pagando sua aposentadoria. O argumento do ex-executivo chefe do grupo é que Ghosn teria sido obrigado a renunciar ao cargo de conselheiro da Renault após a prisão no Japão por problemas com a Nissan.

Segundo Ghosn, sua demissão da Renault “é uma farsa”, em entrevista ao jornal francês Le Figaro. O executivo teria tentado resolver sua situação de forma amistosa e afirma que deixou a Renault quando já estava preso. O executivo teria se afastado de suas funções após o escândalo com a Nissan “para que a marca reestabelecesse sua governança”. No entanto, não teria renunciado a seus direitos trabalhistas.


Ghosn reclama uma aposentadoria de cerca de 770 mil euros anuais. Em conversão direta, o ex-CEO receberia cerca de R$ 320 mil mensais. Além da pensão, o executivo também pede uma indenização de 250 mil euros.

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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.