A segunda geração do Audi Q3 enfim começa a chegar às concessionárias da marca em fevereiro. O modelo mudou radicalmente em relação à geração anterior e volta a ser importada. Enquanto o Q3 antigo era produzido em São José dos Pinhais (PR), o novo Audi Q3 vem da Hungria. A Audi ainda estuda a produção nacional do novo SUV. O modelo será vendido no Brasil em três versões, com preços partindo de R$ 179.990.
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Desde o modelo de entrada, Prestige, o novo Audi Q3 é bem equipado. Há itens como banco do motorista com ajustes elétricos, faróis de LED, câmera de ré e bancos de couro. As rodas são de 17 polegadas e a central multimídia com Android Auto e CarPlay também é de série. Sensores de luz e chuva também fazem parte do pacote básico.
A versão intermediária Prestige Plus, de R$ 189.990, adiciona painel virtual, chave presencial por partida por botão, ar-condicionado automático de duas zonas e lanternas traseiras de LED. As luzes de trás têm ainda setas dinâmicas, que se movimentam do centro para fora do carro, como nos Audi mais caros. A Prestige Plus ainda tem tampa do porta-malas com acionamento elétrico. A tampa pode ser comandada por um botão na cabine, pela chave, ou por um movimento com os pés sob o parachoque traseiro. Como opcional, a versão pode trazer ainda teto solar panorâmico por R$ 8 mil extras.
Já a versão de topo, Black, a R$ 209.990, acrescenta detalhes esportivos, rodas de 19 polegadas, bancos esportivos e o próprio teto solar, que passa a ser de série. O Q3 Black também é o único a poder ter como opcional controle de cruzeiro adaptativo e iluminação interna configurável.
Comum às três versões é o motor 1.4 turbo de 150 cv e 25,5 mkgf. O propulsor é o mesmo usado pela geração anterior. No entanto, deixa de ser flexível e bebe apenas gasolina no novo modelo. A tração é apenas dianteira. A Audi também estuda a vinda de uma versão 2.0 com cerca de 230 cv e tração integral no futuro para o novo Audi Q3.
Q3 ficou melhor por dentro
A cabine é mais espaçosa e moderna do que o Q3 antigo. O acabamento é bom, principalmente na versão Black avaliada. Há uma faixa de Alcantara que atravessa o painel e chega às portas. Essas partes podem ser configuradas em várias cores. Os plásticos são de boa qualidade, ao menos onde os olhos vêem. Alto de painel e portas são macios ao toque e o isolamento acústico é bom. Apenas partes menos visíveis, como sob o painel ou a seção mais baixa das portas usam plástico simples.
Atrás, os passageiros têm mais espaço, mas um eventual ocupante central traseiro terá que lidar com um túnel central elevado, que rouba espaço para os pés. Ao menos, há saídas de ar e entradas USB para o banco traseiro. São duas saídas USB do tipo C, mais modernas. O porta-malas também cresceu e agora o Audi Q3 leva 530 litros, 70 a mais do que o modelo anterior.
A nova central multimídia é bonita e simples de usar. Praticamente igual às usadas pelos modelos mais recentes da marca, como Q8 e os A6 e A7. O sistema tem respostas rápidas aos toques na tela e a compatibilidade com Android Auto e CarPlay melhora o uso.
Desempenho na média
Embora a cabine tenha melhorado muito, a manutenção do antigo 1.4 criou um dos poucos pontos fracos do novo Q3. O motor é valente, mas mostra limitações ao levar os 1.580 quilos do SUV. O torque máximo aparece a apenas 1.500 rotações, mas é pouco para o porte maior do novo carro. Na cidade, o SUV é até esperto, mas na estrada, o novo Audi Q3 pode ficar sem fôlego para ultrapassagens mais apertadas.
A transmissão é automatizada de dupla embreagem de seis marchas. As trocas são suaves, mas poderiam ser mais rápidas. A configuração privilegia o conforto, mas também contribui para sensação de menor agilidade do conjunto. Ao menos, há aletas para trocas manuais atrás do volante.