A marca britânica Jaguar como conhecemos está mudando. Conhecida por luxuosos sedãs de seis, oito e doze cilindros, bem como esportivos lendários (como o E-Type e o raro XJ220), hoje apresenta (ao menos no Brasil) apenas três modelos: o esportivo F-Type, o SUV F-Pace e o elétrico I-Pace. Isso significa uma reestruturação na marca como um todo, que acontecerá em breve.
A estratégia de eliminação de modelos da marca, cinco deles globalmente de uma vez só, faz parte dos planos apresentados pelo CEO da JLR, Adrian Mardell, aos investidores em julho deste ano. “Estamos eliminando cinco produtos, todos de menor valor”, afirmou Mardell. “Nenhum deles são veículos com os quais ganhamos dinheiro, então estamos substituindo-os por novos veículos em arquiteturas recém-projetadas.”, concluiu.
Assim, ao ler a expressão “arquitetura”, já se pode imaginar a intenção da marca: tornar-se totalmente elétrica. A Jaguar Electrified Architecture (JEA) chegará ao mercado em 2025, com um carro-conceito previsto ainda para este ano. Contudo, a mudança não agradou a todos. Após o anúncio, os revendedores canadenses da Jaguar anunciaram que processariam a JLR por danos e anteciparam uma queda nas vendas assim que os novos modelos EV fossem lançados.
Jaguar quer ‘subir de nível’ e competir com Bentley
Seja como for, ainda não há informações sobre quais modelos serão lançados. A marca planeja ter três modelos, onde pelo menos um deles é um SUV. Além disso, a nova meta é tornar seus novos modelos elétricos ainda mais exclusivos e luxuosos, subindo de categoria. Assim competindo com a rival inglesa Bentley, pertencente ao Grupo Volkswagen.
Por fim, a nova diretriz da marca tem sua justificativa. Em entrevista à revista Top Gear, o diretor administrativo da Jaguar, Rawdon Glover, disse: “Com cada decisão que tomamos, perguntamos ‘isso vai fazer as pessoas pensarem sobre a Jaguar da maneira que precisamos?’ Se não fizer com que queiram pagar 120 mil libras (aprox. R$ 890 mil), não fazemos.”
A marca aposta em uma virada total em seu portfólio, a fim de manter seu status e exclusividade que já obtivera no passado. Se vai funcionar, só o tempo dirá.
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