Nícolas Borges
Em briga de picapes compactas com motor de 1,4 litro, a Montana LS derrotou com tranquilidade a Strada Working cabine-estendida. A paulista novata Chevrolet (lançada em outubro) custa menos, anda mais e faz curvas melhor que a mineira veterana da Fiat. Também tem caçamba e capacidade de carga maiores – algo fundamental no segmento.
A partir de R$ 31.724, a Montana tem preço competitivo. Especialmente em relação à versão avaliada da Strada, que começa em R$ 36.400. No segundo catálogo mais recheado da versão LS, a Chevrolet chega a R$ 37.947, pouco além do preço de partida da Fiat.
Nesse caso, a Montana traz ar-condicionado, banco do motorista e volante com ajustes de altura, computador de bordo, direção hidráulica, freios ABS, pneus 185/60 R15, toca-CDs com Bluetooth e entrada USB. Para deixar a Strada com o mesmo nível de equipamentos da rival, o comprador terá de desembolsar R$ 43.528. A vantagem ainda se repete nos preços de peças e seguros.
Debaixo do capô, a Montana tem motor superior, com potência de até 102 cv e 13,5 mkgf de torque, enquanto a Strada precisa se virar com 86 cv e 12,5 mkgf, respectivamente. Por isso a derivada do Agile é mais esperta para atender ao acelerador.
Mesmo sem contar com o subchassi dianteiro (estrutura entre o chassi e a suspensão) da geração anterior, baseada no Corsa, a picapinha Chevrolet continua exibindo comportamento dinâmico superior ao da Strada. Além da estabilidade melhor, o rodar é mais refinado. Oriunda do Palio, a Fiat tem características mais rústicas, como eixo rígido, típico de veículos de carga.