Uma nova tecnologia promete “cortar” as asas dos motoristas que gostam de acelerar mais que o permitido. O novo sistema ISA (Intelligent Speed Assistence, em inglês) será incorporado ao pacote ADAS de segurança semiautônoma nos carros europeus. Dessa forma, ele trabalhará em conjunto com outros recursos como, por exemplo, o Controle de Cruzeiro Adaptativo (ACC) e o sistema de leitura de placas.
O recurso faz parte do programa “Visão Zero”, que busca reduzir as mortes por acidentes de trânsito. Afinal, segundo os dados da ETSC – consultoria europeia de segurança viária – a alta velocidade é uma das principais causas de óbitos. A meta, assim, é chegar ao índice zero até 2050. Para isso, desde o dia 1º de julho, os carros novos trazem o ISA. Esse sistema deve se expandir para outros continentes a partir de 2024, e pode até chegar à América do Sul.
Como funciona?
Essa nova tecnologia trabalha com um sistema de fases. Assim, ao perceber que o motorista ultrapassou o limite de velocidade da pista, emite um alerta sonoro e visual. Caso o condutor continue a acelerar, o recurso aplica uma pressão maior no pedal do acelerador, o que exige mais força para pressioná-lo. Por fim, em último caso, o ISA poderá intervir e frear o veículo até que ele fique dentro do limite de velocidade da pista.
No entanto, em situação necessárias, é possível desabilitar o ISA. Além de desligá-lo em um botão, o motorista pode pisar com mais força no acelerador. Nesse caso, o programa irá entender que a velocidade extra é necessária. Além disso, esse assistente pode ter uma margem de 10% de erro em algumas situações, como mudança de clima.
Não torna o modelo autônomo
Importante lembrar que, mesmo com a adoção do ISA, os carros atuais continuam semiautônomos de nível 2. Ou seja, além das mãos no volante, a atenção na pista é obrigatória. A intervenção humana é dispensada só no nível 5. Hoje, o sistema mais avançado que temos é o AutoPilot, da Tesla. No entanto, como já detalhado no Jornal do Carro, a Apple está empenhada na produção do seu carro, que promete ter sistema autônomo de última geração.