O carro das imagens tem algo de familiar para você? Será que você viu essa traseira em algum lugar? E a dianteira? Se você respondeu “sim” e pensou em modelos como Ford Ka, Chevrolet Onix e Honda Fit, você não está sozinho. Essa é a nova geração do Brio, subcompacto que a Honda vende no mercado asiático. O modelo foi apresentado agora no Salão da Indonésia. As vendas começam no ano que vem.
O Brio anterior já tinha um certo ar de “Fit achatado”. O novo ganhou a family face atual da Honda (em versão meio arredondada, com uma certa cara de “bebê Honda”). A traseira remete a outros hatches, como o global Ka. Aliás, ele deve ser global, uma pretensão que o Brio anterior não tinha. Por isso, teve de crescer em tamanho – tem 3,64 metros de comprimento e 1,68 m de largura.
Por dentro, ele também parece um Fit menor e simplificado, com volante de três raios e central multimídia apenas na versão de topo, enquanto a de entrada traz um rádio simples (já não vimos esse filme antes?)
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Volkswagen Gol
O Gol acaba de ganhar câmbio automático e frente da picape Saveiro. Mas bem que o veterano modelo da Volkswagen mereceria uma nova geração. Apesar de ter recebido atualizações importantes, a última grande mudança do Gol (que incluiu nova plataforma) ocorreu há dez anos.
Hyundai HB20
O Hyundai HB20 chegou em 2012 e tornou-se um sucesso instantâneo. Sacudiu o segmento com seu estilo agressivo, e rapidamente ganhou posições de mercado. É atualmente o segundo carro mais vendido do País, com toda a justiça. Mas já está completando seis anos de vida, tempo ideal para dar lugar a um sucessor antes que o jogo vire.
Chevrolet Onix
O Onix é o líder isolado de vendas do Brasil, mas isso não significa que não precise mudar. Salvo alterações pontuais, o hatch da Chevrolet é o mesmo há seis anos, desde 2012. Portanto, seu ciclo de vida já está prestes a acabar. Como exemplo de desatualização, está a mecânica: ele é um dos últimos 1.0 de quatro cilindros do País.
Nissan March
O March é um caso raro de automóvel que vende pouco num segmento em que a maioria dos concorrentes vai muito bem. Para se ter uma ideia, dos dez modelos mais vendidos em julho, sete são hatches compactos. Ou seja, falta apelo ao representante da Nissan, que é o mesmo desde 2011.
Fiat Uno
O Uno tem um nome forte e muita história, mas ultimamente anda meio relegado a segundo plano pela Fiat, o que é uma injustiça. Oferece mais espaço que o Mobi, mas vende menos que o irmão menor. Agora que Argo e Cronos já estão conquistando seu espaço, bem que o hatch poderia receber mais atenção da marca.
Peugeot 208
O 208 foi lançado no Brasil em 2013, e, a despeito de suas qualidades (estilo, acabamento, posição de dirigir), nunca foi um sucesso de vendas. Suas formas ainda chamam atenção, mas é outro hatch que já está se encaminhando para o fim de ciclo.
Toyota Etios
O Etios teve um início de vendas fraco no Brasil, há seis anos. O modelo, lançado em 2012, com carroceria hatch e sedã, chegou com estilo polêmico e acabamento ruim. Aos poucos melhorou, e com isso as vendas reagiram. Agora que o Yaris chegou, pode ser a deixa para a Toyota investir em seu modelo de entrada, e dessa vez acertar logo de saída.
Peugeot 2008
Ele nem está há muito tempo no mercado. E nem dá para dizer que esteja "cansado". Mas o Peugeot 2008 nunca conseguiu nem sequer ameaçar os concorrentes. Embora tenha bom acabamento e visual simpático, não tem o visual de robustez que o público do segmento espera. Além disso, a posição ao volante é mais baixa do que a dos SUVs que fazem sucesso, caso de Honda HR-V, Jeep Renegade e Hyundai Creta. Uma nova geração com algumas características do 3008 seriam muito bem vindas.
Renault Duster
Quando chegou ao mercado, no final de 2011, o Duster chamou atenção pelo porte avantajado. Foi o primeiro grande rival do EcoSport. De lá para cá, porém, não passou por grandes mudanças, e, embora ainda tenha vendas razoáveis, não consegue rivalizar com os líderes do segmento. Prestes a completar sete anos, está na hora de mudar para valer.
Chevrolet Montana
A Montana atual foi desenvolvida sobre a base do Agile, um carro que por sua vez empregava parte da plataforma do Celta. É um dos raros casos de modelo que piorou em relação à geração anterior (que era baseada no Corsa). Atualmente, vende pouco em uma categoria em que oponentes como Fiat Strada e Volkswagen Saveiro vão bem (especialmente no caso da Strada). A propósito, esse trio está envelhecendo junto.
Brio tem dois motores
No mercado asiático, o novo Brio será equipado com motores 1.2 de 90 cv e 1.3 de 100 cv, com caixas manual ou automática. No Brasil, a Honda optou por não lançar a geração anterior (que tinha porta-malas acanhado demais para ser o carro único de uma família brasileira) e se concentrar em modelos de maior valor agregado.
Mas rumores dão conta de que a Honda estaria interessada em lançar o modelo na América Latina, que tem um mercado consumidor receptivo a hatches pseudoaventureiros. Se ela conseguiu criar o WR-V a partir do Fit, não surpreenderia que o novo Brio desse cria a algo parecido.