
Com mais de 40 milhões de unidades vendidas desde 1966, o Corolla prova que não é preciso ser uma supermáquina para se tornar objeto de desejo. Sem fazer mais do que um bom “arroz com feijão”, a linha 2015 do sedã Toyota chega ao Brasil tabelada entre R$ 66.570, na versão GLi, com motor 1.8 de até 144 cv e câmbio manual de seis marchas, e R$ 92.900, na Altis, com seu 2.0 de até 154 cv e transmissão automática CVT que simula sete velocidades. Na média, os preços subiram 4,6%.
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Com linhas modernas, que remetem ao visual de modelos sul-coreanos, o Corolla rejuvenesceu. O desenho da carroceria é igual ao da versão europeia – os faróis afilados e a nova grade cromada chamam a atenção.
A 11ª geração do sedã traz melhorias, mas aspectos como o preço da versão de topo poderiam ser revistos. Com R$ 5 mil a mais, dá para levar um Fusion. O Ford é maior, mais potente e equipado que o Corolla.
Nos motores do Toyota, que têm duplo comando variável de válvulas, a novidade é o sistema que aquece o etanol nos bicos injetores e elimina o tanquinho de gasolina para partidas a frio.
No mais, nada mudou: o sedã está longe de empolgar ao volante. Trata-se de um carro correto, que passa segurança em curvas mesmo sem ter controle eletrônico de estabilidade, item que nem ao menos é opcional.
O sistema está nos principais concorrentes do Toyota, inclusive no Honda Civic, líder de vendas do segmento. De topo, a versão EXR é R$ 8.910 mais barata que a Altis e traz teto solar e suspensão traseira independente, não disponíveis no Corolla.
A boa notícia é a adoção do câmbio CVT (por R$ 3.420 na versão GLi e de série nas demais). Com relações continuamente variáveis, a caixa substitui a antiga automática convencional de quatro velocidades e proporciona mais conforto.
As trocas de marcha ocorrem de forma sutil. O sistema “entende” as situações enfrentadas pelo motorista e faz as passagens no momento adequado.
É possível optar pelo modo esportivo. Basta acionar um botão no console, próximo à alavanca de câmbio, para, ao menos em tese, alterar o comportamento de transmissão, direção e motor, que, na prática, mantém as rotações elevadas.
O objetivo é melhorar as respostas aos comandos do acelerador. Mas, como o câmbio demora para fazer as reduções de marcha, ao pisar fundo no pedal da direita o resultado não é empolgação, mas frustração.
Evolução
O Corolla 2015 cresceu 10 cm na distância entre os eixos e 8 cm no comprimento. Com isso, o conforto no banco traseiro foi ampliado e há espaço de sobra para os joelhos dos três passageiros.
Na versão Altis há sistema multimídia com som, TV digital e GPS projetados na tela de 6,1”. A modernidade contrasta com o relógio digital, que lembra o do Frod Del Rey dos anos 80.
O ar-condicionado é digital, mas não há duas zonas de atuação. Os bancos são de couro bege e o excesso de plásticos duros na cabine incomoda.