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O Ka participou da disputa na versão SEL, de topo, que tem preço de R$ 39.990. Basicamente, se saiu melhor por ser superior em dirigibilidade, além de muito bem equipado desde a opção de entrada, SE. Esta, tabelada a R$ 35.390, vem com ar-condicionado, vidros e travas elétricos e sistema de som.
A SEL acrescenta controle eletrônico de estabilidade, inédito no segmento, que também contribuiu para sua vitória, já que aprimora tanto a dirigibilidade quanto a segurança. Outro destaque é o sistema multimídia Sync.
O VW compete com o Ka SEL na simpática versão Red Up!, que tem como destaque a tela central sensível ao toque com GPS, item opcional. Porém, seu preço é mais alto. Esta configuração sai por R$ 40.630 e vai a R$ 42.620 com o “extra”.
Em contrapartida, ele tem uma gama mais extensa e flexível que o Ka, inclusive com versão duas-portas, ao preço inicial de R$ 27.190. Pequeno, com apenas 3,6 metros de comprimento, 28 cm a menos que o Ford, ele surpreende por sua solidez ao rodar, passando muita segurança ao motorista. É um comportamento típico de carro de maior porte com os benfícios dos compactos, entre eles a facilidade de estacionar.
COMPORTAMENTO
Usar a plataforma do Fiesta certamente fez muito bem ao Ka. Se o Up! é mais esperto nas saídas de farol, por exemplo, basta levar o Ford a uma sequência de curvas para ele sobressair por boa margem. O hatch feito em Camaçari (BA) tem ótimo comportamento dinâmico, com reações controladas e um ímpeto superior.
O Up! dificilmente vai colocar o condutor em apuros, mas se mostra menos “na mão” em velocidades maiores. Esse comportamento vem, principalmente, da direção leve – que, por outro lado, facilita manobras de estacionamento.
Um ponto alto do Volkswagen é ter mais desenvoltura em retomadas, o que privilegia sua condução no trânsito urbano. Mérito do torque do 1.0 três-cilindros, que é entregue em sua totalidade aos 3 mil rpm – a potência é de até 82 cv.
O propulsor do Ka, com 85 cv, precisa ir até os 4.500 giros para ter disponíveis seus 10,7 mkgf (com etanol), apenas 0,3 mkgf a mais que no rival. Por isso, falta ao Ford um pouco de ânimo, principalmente com o ar-condicionado ligado.
Essa impressão, no entanto, diminui nas retomadas em rotações e velocidades mais altas, situação de condução mais típica de rodovias. Quanto à posição de dirigir, a do Ka, mais baixa, é melhor.
O GPS do VW é útil e tem manuseio intuitivo, mas falta entrada USB, falha praticamente inaceitável nos carros atuais. E quando em uso, a tela removível que projeta os mapas tampa as saídas de ar, prejudicando a refrigeração da cabine.