Recentemente, a Mercedes-Benz enviou executivos até o Vaticano para uma missão especial: entregar um novo Classe G personalizado ao Papa Francisco. O novo papamóvel, agora elétrico, reforça uma antiga tradição, em que os pontífices tem usado os SUVs da marca como meio de transporte, nos últimos 45 anos, por exemplo.
Mas a história é mais antiga que isso. O relacionamento da Mercedes-Benz com o Vaticano remonta à década de 1930. Tudo começou quando o Papa Pio XI usou um Nürburg 460 Pullman Sedan. A empresa recebeu o contrato para o primeiro papamóvel não puxado por cavalos, porque conseguiu incorporar assentos dobráveis para dignitários e outros funcionários no veículo, que as carruagens puxadas por cavalos anteriores usavam.
Com isso, modelos da marca destinados aos dignatários se tornaram comuns, como o famoso 600 Pullman Landaulet, com teto conversível, usado pelo Papa João XXIII. Nos anos 1980, o primeiro Classe G chegou, ainda na série 460. Em 2002, chegaria a versão atualizada, da série 463, usado pelos Papas João Paulo II, Bento XVI e Francisco, por exemplo.
Papamóvel elétrico é Classe G elétrico feito sob medida
Assim, o novo Papamóvel fica baseado no G580 com tecnologia EQ, elétrica. Seu teto acabou retirado na coluna B e a porta traseira esquerda removida, substituída por um painel sólido. A transição para uma parede lateral alta dá ao veículo uma semelhança com uma picape de duas portas do seu lado esquerdo, por exemplo.
A parte central da seção traseira terminou removida para fornecer acesso à parte traseira por meio de um degrau embutido no para-choque traseiro. Além disso, um assento giratório estofado macio, ajustável em altura, fica à disposição para o Papa. O modelo tem finalização em branco perolado, exceto pela porção vermelha na traseira.
Modificações mecânicas aconteceram no trem de força de quatro motores, adaptando-o para seu uso principal de andar em baixa velocidade, durante as aparições públicas do papa, como um “modo carreata”. O modelo elétrico chega em um momento em que acompanha uma encíclica publicada pelo Papa, chamada “Laudato Si”, sobre a necessidade de desenvolvimento sustentável. O modelo fica visto como um esforço conjunto do Vaticano e também da Mercedes-Benz.
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