Depois de quatro anos e quase 1.200 unidades vendidas, o Porsche Taycan está de linha nova Brasil. O carro elétrico estreia atualizado com dez versões, duas carrocerias, mais potência, mais autonomia e com uma inédita opção que o torna o carro mais rápido do Brasil: são mais de 1.000 cv e zero a 100 km/h em 2,2 segundos(!).
Antes, no entanto, vamos falar das configurações, digamos, ‘normais’. As mexidas visuais são discretas, como os faróis mais achatados que exibem os característicos quatro pontos da marca. O novo formato da peça possibilitou mexer no para-lama para evidenciar a largura do carro. Os para-choques também foram levemente remodelados. Atrás, o logotipo da Porsche tem um design tridimensional, com aparência de vidro. E, pela primeira, ele pode acender quando se abre ou trava ou veículo.
Ao todo, são sete versões com carroceria sedã e bateria de 105 kWh, um ganho frente a antecessora de 93,4 kWh. Já os preços começam em R$ 820.000 e terminam em R$ 1,5 milhão.
Porsche Taycan de quase 1.000 cv
Quanto à potência, a opção de entrada, por exemplo, saiu de 326 cv para 408 cv, enquanto a autonomia agora é 393 km (antes era 286 km). Ou seja, um ganho de 37%. O zero a 100 km/h também caiu: de 5,4 s para 4,8 s. Já a Turbo S pulou para 952 cv (191 cv extras). Mas o grande ganho é na autonomia: de 278 km para 425 km (53% a mais). Agora o sedã elétrico esportivo atinge 100 km/h em 2,4 s — 0,4 s mais rápido.

Os ganhos de força, até 109 cv a mais, tem a ver com mudanças no motor elétrico traseiro, que traz um inversor de pulso modificado com software otimizado, bem como baterias mais potentes, gerenciamento térmico revisado, uma bomba de calor de última geração e uma estratégia de recuperação e tração integral modificada. A linha agora tem carregamento rápido de até 320 kW – 50 kW a mais do que antes. Veja todos preços e versões do Taycan sedã:
Porsche Taycan (R$ 820.000) – 408 cv, 41,8 mkgf e 393 km de autonomia
Taycan 4 (R$ 850.000) – 408 cv, 59,6 mkgf e 415 km de autonomia
4S (R$ 875.000) – 598 cv, 72,4 mkgf e 415 km de autonomia
GTS (R$ 1.010.000) – 700 cv, 80,5 mkgf e 428 km de autonomia
Turbo (R$ 1.175.000) – 884 cv, 90,7 mkgf e 415 km de autonomia
Taycan Turbo S (R$ 1.435.000) – 952 cv, 113,2 mkgf e 425 km de autonomia
Turbo GT (R$ 1.535.000) – 1.034 cv, 126,4 mkgf e 442 km de autonomia
Porsche Taycan Cross Turismo
A versão station wagon do Taycan também chega com o mesmo facelift. Afinal, este tipo de carroceria vende mais que a sedã. A explicação pode estar na melhor usabilidade no dia a dia, já que a perua pode ter suspensão até 3 cm mais alta, 39 litros extras no porta-malas (total de 446 l), bem como o ângulo da tampa maior e, claro, mais área para a cabeça no banco traseiro.
O modelo, no entanto, traz apenas três versões. Todas têm bateria de 105 kWh (antes era de 93,4 kWh), autonomia de 415 km e tração integral. A diferença está na potência e na oferta de equipamentos. Confira os preços:
Taycan 4 Cross Turismo (R$ 920.000) – 435 cv e 59,6 mkgf
4S Cross Turismo (R$ 935.000) – 598 cv e 72,4 mkgf
Turbo Cross Turismo (R$ 1.225.000) – 884 cv e 90,7 mkgf

Taycan Turbo GT não tem nem tapete
A cereja do bolo da linha é a inédita configuração Turbo GT, o mais potente Porsche já produzido em série na história. São 1.034 cv que podem atingir, por 10 segundos, 1.108 cv na modo Attack Mode. Está função libera 163 cv a mais pelo determinado tempo. Isso faz com o que o zero a 100 km/h seja na marca de 2,2 s. Zero a 100 km/h? 6,4. Impressiona.
Para chegar a estes números impressionantes, o sedã, claro, dispensa alguns itens para economizar peso. Para começar, não existe bancos traseiros. O carro é feito apenas para duas pessoas. Fora isso, não há nem tapetes, as rodas são forjadas de alumínio, bem como a redução do material de isolamento acústico. O Turbo GT também dispensa o sistema de som premium e até o acionamento elétrico do porta-malas. São 75 kg a menos que a versão Turbo S sem o pacote. O peso total é de 2.220 kg.

Com anda?
Jornal do Carro teve a oportunidade de pilotar o Porsche Taycan Turbo GT em duas voltas no tradicional Circuito Velocitta, no interior de São Paulo. Saindo dos boxes, na primeira freada, o Porsche Active Ride entra em ação. A suspensão com amortecedores ativos com tecnologia de dois estágios, cada um conectado a uma bomba hidráulica operada eletricamente com tensão de 400V, compensa as forças e evita que a frente mergulhe de forma acintosa.
Nas curvas, o sistema atua da mesma forma para que a carroceria incline o mínimo possível. O resultado é uma estabilidade e um poder de contorno fora de série. A tecnologia vem de série nesta versão, mas é opcional para todas as outras. E também está disponível do novo Panamera.
O Taycan Turbo GT impressiona na forma como transfere todo torque das rodas para o asfalto. E quando você acha que já está rápido demais, o Attack Mode te catapulta ainda mais para a frente com quase 200 cv extras durante 10 s. A visão periférica vira um blur e o corpo é pressionado ainda mais contra os belos bancos concha. Custando mais de R$ 1,5 milhão e com apenas dois assentos, o Taycan Turbo GT não será o versão mais procurada, mas com certeza é a que deixa o motorista com o maior sorriso no rosto.
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