Quem conhece um pouco o funcionamento dos carros sabe que o câmbio serve para enviar a força do motor a combustão às rodas – nos elétricos a transmissão pode ocorrer de forma direta. As caixas disponíveis no mercado podem ser manual, automática ou automatizada, mas a Koenigsegg inovou com o Regera, superesportivo híbrido com potência de 1.500 cv que não tem câmbio.
O trem de força do modelo sueco é formado por um 5.0 V8 a gasolina e três motores elétricos, além de baterias de polímero de lítio com 9,27 kWh. O sistema foi batizado de Koenigsegg Direct Drive, ou KDD.
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Funciona assim: um dos propulsores elétricos que está ligado ao virabrequim do V8, age também como motor de arranque e gera o equivalente a 215 cv. Os outros são conectados ao eixo traseiro e têm 241 cv cada.
Se fosse um carro convencional, a potência do V8 seria enviada ao câmbio e, depois, ao diferencial. Então, seria distribuída para as rodas.
No Regera, a potência do V8 vai diretamente para o diferencial em que estão fixados os dois motores elétricos.
Como a relação do diferencial é longa (2.73), gera pouca força nas rodas. Portanto, os motores elétricos são responsáveis por tirar o veículo da imobilidade e distribuir a força entre as rodas do eixo traseiro em caso de perda de aderência.
Com o Regera a 40 km/h, o acoplamento hidráulico que fica entre o motor e o diferencial se fecha e passa a enviar às rodas a potência do V8. Com isso, o Koenigsegg pode acelerar de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos.
Criador da marca, Christian Von Koenigsegg diz que as vantagens são redução de 50% das perdas por movimento e entrega instantânea de torque.
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